Japão tem mais de 6 mil ilhas desertas

O Japão é, na verdade, uma das nações com o maior número de ilhas desabitadas no mundo.

O Japão ostenta 6.432 ilhas desabitadas. Para alguns, essas milhares de ilhas desertas oferecem a chance de diversão sob o sol em um local exclusivo remoto. Mas para outros, os locais desertos são oportunidades lucrativas de negócios.

Na verdade, o Japão é uma das nações com o maior número de ilhas desabitadas no mundo – um fato relativamente desconhecido pelos próprios japoneses.

Há 416 ilhas remotas habitadas no Japão, de acordo com o censo de 2015. Elas incluem a Okishima, uma ilha turística popular sobre as águas do Lago Biwa na província de Shiga, conhecida como Ilha dos Gatos devido aos seus onipresentes habitantes.

Uma ilha é definida como um trecho de terra formado naturalmente, terra não reclamada, pela Guarda Costeira do Japão.

Ela deve ter um perímetro de pelo menos 100 metros quadrados e não estar conectada a uma ilha principal com um objeto estrutural amplo como uma ponte.

Isso significa que o número total de ilhas desertas varia todos os anos, dependendo de como o ambiente natural muda.

Em 2013, uma nova ilha apareceu por um período limitado perto de Nishinoshima, ilha na cadeia de Ogasawara, após uma erupção de um vulcão submarino.

Uma ilha minúscula, a Esanbehanakitakojima, ao largo da costa da vila de Sarufutsu de Hokkaido, desapareceu quando afundou e ficou longe de vista por algum tempo até o ano passado.

Conduzir um censo sobre ilhas desertas tem sido difícil.

“No geral, o número de ilhas habitadas vem diminuindo”, disse Tsuyoshi Miki do Centro para Pesquisa e Promoção de Ilhas Japonesas sediado em Tóquio.

Miki, de 52 anos, acredita que a inconveniência de morar remotamente causou o despovoamento.

Muitas das ilhas desabitadas são de propriedade de governos centrais e locais.

Entretanto, algumas são de propriedade privada.

Parte das controversas Ilhas Senkaku na província de Okinawa era de propriedade até o governo japonês ter comprado as terras em setembro de 2012.

“Algumas pessoas acreditam de forma errônea que uma ilha deserta é inerentemente uma propriedade de valor, mas ela não tem valor como propriedade para venda”, disse Masanobu Sato, de 52 anos, que lidera o Aqua Styles, uma corretora sediada na Austrália para ilhas desabitadas no Japão e no exterior.

O preço de uma ilha deserta depende da distância da ilha principal, condição de infraestrutura e disponibilidade de terra plana e praias arenosas, dentre outros fatores.

A companhia de Sato gerenciou propriedades com valor em torno de vários milhões de ienes ou maiores.

“Você não pode desfrutar de uma ilha a menos que ela seja habitada e as pessoas possam se reunir”, disse Sato.

“Algumas ilhas desertas têm locais para camping”, disse Kaito Kaji de 31 anos.

Kaji administra a Joblive, uma companhia sediada em Tóquio que trabalha com eventos e viagens para mais de 40 ilhas desabitadas.

Muitos jovens participaram dos tours de sua companhia e ficaram em ilhas sem eletricidade ou água corrente, ajudando a revitalização do local, disse Kaji.

Um destino desses é a Jinoshima (地ノ島, じのしま), uma ilha ao largo da costa de Arida na província de Wakayama.

A ilha costumava atrair muitos banhistas no verão, mas o número de visitantes diminuiu nos últimos anos.

Há 2 anos, a companhia de Kaiji lançou um novo evento em parceria com a cidade que gerencia a ilha, cooperativas pesqueiras e outros negócios locais, o que aumentou o número de visitantes, para a surpresa de residentes locais.

A companhia está com tais eventos suspensos durante a pandemia de coronavírus.

Mas ela continua a postar vídeos no YouTube, destacando várias atividade relacionadas a ilhas remotas, se preparando para quando a crise de saúde chegar ao fim.

“Assim que a pandemia acabar, quero que as pessoas desfrutem de eventos e atividades que elas podem vivenciar somente em uma ilha deserta”, disse Kaji.

Fonte: Asahi

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Abe suspende estado de emergência em Osaka, Quioto e Hyogo

Publicado em 21 de maio de 2020, em Sociedade

A propagação do vírus nessas províncias diminuiu o suficiente para justificar o relaxamento gradual de restrições sobre atividades econômicas.

A área metropolitana de Tóquio e Hokkaido continuarão sob estado de emergência (NHK)

O primeiro-ministro Shinzo Abe suspendeu nesta quinta-feira (21) o estado de emergência para as províncias de Osaka, Quioto e Hyogo, na região Kansai, já que a propagação do novo coronavírus desacelerou o suficiente para justificar o relaxamento gradual de restrições sobre atividades econômicas.

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A área metropolitana de Tóquio e Hokkaido continuarão sob estado de emergência, mas Abe disse que poderá ser suspenso na segunda-feira (25) após uma revisão feita por especialistas da saúde.

Um total de 42 províncias das 47 do país está atualmente fora da emergência do coronavírus, mas as 5 restantes – Tóquio, Chiba, Kanagawa, Saitama e Hokkaido – formam cerca de um terço da economia japonesa.

“Nessas áreas onde a emergência foi suspensa, atividades sociais e econômicas podem aumentar em estágios”, disse Abe em uma reunião de uma força-tarefa do governo de resposta ao coronavírus.

“O desafio de criar um novo normal está começando em todo o país”, acrescentou.

Um painel consultivo deu o aval para a medida do governo após ponderar critérios – o número de casos recém-reportados ao longo de uma semana, a disponibilidade de cuidados médicos e a capacidade de oferecer testes do vírus e monitorar sua propagação.

Na área de Tóquio e Hokkaido, o número de infecções vem caindo e a situação enfrentada por hospitais vem melhorando, disse Abe. Mas ele pediu às pessoas nessas áreas que evitem saídas desnecessárias e viagens pelas fronteiras provinciais.

Abe enfrenta a tarefa de sustentar a tendência de queda nos novos casos enquanto permite a retomada de mais atividades sociais e econômicas, visto que a economia japonesa entrou em recessão.

O governo está compilando um segundo orçamento suplementar para o atual ano fiscal a fim de aumentar o suporte para famílias e negócios com dificuldades.

Mesmo antes da suspensão de emergência de Abe, o governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, havia flexibilizado pedidos de fechamentos de negócios para algumas instalações, como lojas de departamento e cinemas.

Um critério usado pelo governo e especialistas é se novas infecções caírem para menos de 0.5 para cada 100 mil pessoas na semana que passou. Em Tóquio, com uma população de cerca de 14 milhões, isso significa que o número de pessoas infectadas com o vírus teria que ser menos de 70 em uma semana.

Falando em uma sessão parlamentar, o ministro da revitalização, Yasutoshi Nishimura, disse que Osaka, Quioto e Hyogo haviam sido aprovadas nesse limiar. Tóquio e Kanagawa na área metropolitana e Hokkaido ainda têm que responder ao critério de 0.5.

O governo planeja continuar solicitando às pessoas que evitem lugares cheios e contato próximo com outros para reduzir o risco de transmissão, com Abe pedindo por um novo estilo de vida, visto que a luta contra a Covid-19 deve continuar sem medicamentos para tratamento e vacinas.

Até agora o Japão evitou um aumento explosivo nas infecções e reduziu o número de novos casos reportados nas últimas semanas como resultado de pedidos para ficar em casa e suspensão de negócios feitos sob o estado de emergência.

O cumprimento com as medidas vem sendo voluntário, visto que o país não empregou medidas duras de lockdown como vistas na Europa e Estados Unidos.

Especialistas da saúde dizem que é muito cedo para baixar a guarda contra a Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, e as infecções podem aumentar.

Se o risco de um aumento explosivo nos casos se tornar evidente em uma certa província, o governo examinará a situação e pode aplicar um estado de emergência novamente, disse Nishimura.

O estado de emergência é designado a prevenir o colapso de sistemas de saúde devido à superlotação de hospitais e falta de suprimentos médicos.

Uma legislação para permitir que Abe declarasse estado de emergência foi aprovada em meados de março.

Fonte: Mainichi

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