A empresa de biotecnologia AnGes deve iniciar um ensaio clínico de vacina contra coronavírus em julho, soube o Nikkei na segunda-feira (25), aumentando as esperanças de que a preparação biológica poderia conseguir aprovação do governo até o fim do ano.
Originalmente, o ensaio clínico estava definido para começar em setembro, mas a empresa sediada em Ibaraki, na província de Osaka, conseguiu adiantar o cronograma, após discussões com reguladoras e hospitais, graças a resultados promissores de testes em animais, disseram oficiais da companhia.
Como é a vacina
Ao contrário de vacinas padrão, as quais usam patógenos vivos ou inativados para gerar resposta imune, vacinas de DNA usam sequência genética que faz com que as células dentro do corpo produzam um antígeno para o vírus – a substância que o sistema imunológico aprende a reconhecer.
Isso leva fabricantes de medicamentos a pularem o passo demorado de cultivar o vírus em ovos ou animais, reduzindo de 1 ano ou mais para 6 meses o tempo necessário para produção.
Vacinas de DNA já estão em desenvolvimento em outros países. A Inovio Pharmaceuticals dos EUA, por exemplo, vem realizando um ensaio clínico.
Os resultados de testes em animais da vacina da AnGes mostraram um aumento nos antígenos naqueles que receberam a vacina.
Resultados de ensaio clínico de pequena escala, a serem conduzidos na Universidade de Osaka e na Universidade da Cidade de Osaka, devem sair já em setembro e serão seguidos por um teste de escala maior. Se a eficácia for provada através desses ensaios, a vacina estará no caminho de receber aprovação até o fim do ano.
Corrida para desenvolvimento de vacinas
A corrida para a cura do coronavírus está acelerando em muitos países, incluindo EUA e China.
Pelo menos 10 candidatas já estão em ensaios clínicos. Os EUA visam garantir doses suficientes para sua população inteira e estão auxiliando companhias como a Johnson & Johnson e a Moderna em seus esforços para iniciar produção em massa.
A AnGes, companhia de biotecnologia sediada em Osaka, está planejando trabalhar com a Takara Bio para produzir 200 mil doses ao ano.
Fonte: Asia Nikkei