O mais recente supercomputador desenvolvido pelo instituto estatal de pesquisa Riken é o mais rápido do mundo para velocidade de computação, de acordo com um ranking realizado duas vezes ao ano anunciado na segunda-feira (22) pelo projeto TOP500 dos EUA e Europa.
Essa é a primeira vez em 9 anos que um supercomputador japonês conquistou a primeira posição.
O supercomputador, chamado Fugaku (富岳) em homenagem ao Monte Fuji, também ficou em primeiro lugar em 3 outras categorias que mediram a performance em métodos computacionais para uso industrial, aplicações de inteligência artificial e análise de grande volume de dados.
Essa é a primeira vez que um supercomputador ficou em primeiro lugar nos rankings nas 4 categorias, de acordo com a Riken.
O supercomputador japonês, que foi desenvolvido juntamente com a Fujitsu Ltd na instalação de Kobe, forma uma base fundamental para simulações potentes usadas em pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias industrial e militar.
“Conseguimos nos destacar em todas as especificações fundamentais para supercomputadores, e demonstrar que ele é o maior atuante do mundo. Esperamos que isso ajude a resolver problemas sociais difíceis como a luta contra o novo coronavírus”, disse Satoshi Matusoka, diretor do centro de ciência computacional do instituto.
Shinichi Kato, presidente da Fujitsu IT Products Ltd, também manifestou sua satisfação, dizendo: “Me sinto extremamente feliz e honrado em estar envolvido na criação do Fugaku, que foi classificado o número 1 do mundo”.
A Fujitsu IT Products, uma unidade integral da Fujitsu, foi responsável pela produção do supercomputador.
O Fugaku foi escolhido como o número 1 do mundo em junho após executar mais de 415 quadrilhões de cálculos por segundo, cerca de 2,8 vezes mais rápido do que o sistema Summit desenvolvido pelo Oak Ridge National Laboratory dos EUA, que ficou em primeiro no último ranking em novembro de 2019.
Um outro computador desenvolvido pelos EUA ficou em 3º lugar, enquanto a China manteve a 4ª e a 5ª posições.
O Fugaku foi transportado ao Centro para Ciência Computacional do instituto em Kobe no mês de maio, o mesmo local que abrigou seu predecessor, o supercomputador K que foi desativado no verão passado.
Atualmente sendo operado em caráter experimental para pesquisa sobre medicamentos potenciais para combater o novo coronavírus, o Fugaku deve estar em operação integral no ano fiscal de 2021.
K, que foi o primeiro supercomputador do mundo a executar mais 10 quadrilhões de cálculos por segundo, ficou em 1º lugar em junho de 2011 e manteve a posição por 1 ano.
Desde então, os EUA dominaram o ranking junto com a China. Os custos exorbitantes necessários para desenvolver supercomputadores significam que o Japão pode somente bancar um a cada poucos anos, ao contrário dos EUA e China.
Fonte: Kyodo News and Culture