Imagem ilustrativa de vacina contra Covid-19 (banco de imagens PM)
Descobriu-se que uma vacina contra Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, desenvolvida pela companhia de biotecnologia Moderna em parceria com o Instituto Nacional de Saúde, induziu respostas imunes em todos os voluntários que a receberam na Fase 1 de um estudo.
Publicidade
Esses resultados antecipados, publicados no New England Journal of Medicine na terça-feira (14), mostraram que a vacina funcionou para desencadear uma resposta imune com efeitos colaterais leves – fadiga, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, dor no local da aplicação – se tornando a primeira vacina candidata dos EUA a publicar resultados em um jornal médico revisto por pares (peer-reviewed).
A Fase 3 do teste da vacina deve iniciar no fim deste mês – o estágio final antes de reguladoras considerarem se tornar ou não a vacina disponível.
A Moderna citou em um comunicado de imprensa na terça-feira que se tudo correr bem em estudos futuros, “a companhia continua no caminho de conseguir entregar aproximadamente 500 milhões de doses por ano, e possivelmente até 1 bilhão de doses por ano, com início de 2021”.
Na Fase 1 do estudo, “a meta era observar a segurança e então olhar as respostas imunes”, disse a Dr. Lisa Jackson, investigadora sênior no Instituto Permanente de Pesquisa de Washington em Seattle que estava envolvida no estudo. Dados anteriores do ensaio foram divulgados em maio.
“Acreditamos que as respostas imunes sejam promissoras, mas não sabemos se os níveis que estamos vendo realmente protegeriam contra infecção. É realmente difícil saber isso até você realizar o ensaio eficaz”, disse ela. “Então, estamos preparando o caminho para o teste que fornecerá essas respostas”.
A Moderna espera iniciar o maior estudo da companhia da vacina candidata contra Covid-19, a mRNA-1237, em 27 de julho, de acordo com detalhes divulgados separadamente na terça-feira. É esperado que seja a primeira nos EUA a iniciar ensaios clínicos de Fase 3.
Por enquanto, o novo estudo “forneceu informação rapidamente que poderia ser usada para determinar qual dose avançar com os ensaios de Fase 2 e 3. Isso é uma decisão fundamentalmente importante a tomar e, então, ter essa informação disponível em breve após o ensaio da vacina ter sido iniciado é notável”, disse Jackson.
O estudo de Fase 1 tipicamente trabalha com um pequeno número de pessoas e foca se uma vacina é segura e se obtém resposta imune.
Na Fase 2, o estudo clínico é expandido e a vacina é aplicada em pessoas que têm características – como idade e saúde física – similares àquelas para as quais a vacina é destinada, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Na Fase 3, a vacina é dada a milhares de pessoas e testada para eficácia e novamente para segurança.
Fonte: CNN