Cerca de 156 nações se juntaram a um esquema global de distribuição justa de futuras vacinas contra Covid-19, disse na segunda-feira (21) uma aliança liderada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, mas as superpotências China e EUA não se registraram.
O governo de Donald Trump já garantiu fornecimentos futuros através de negócios bilaterais, levando a acusações de comportamento egoísta em prejuízo a países pobres.
A China, onde o coronavírus começou, também estava ausente da lista de 64 nações ricas que se juntaram ao chamado plano Covax para fornecer 2 bilhões de doses de vacinas em todo o mundo até o fim de 2021, dando prioridade aos profissionais da saúde e aos vulneráveis.
Mas oficiais da aliança disseram que o diálogo continuou com Pequim.
O esquema contaria com cerca de dois terços da população mundial, de acordo com a OMS e a aliança de vacinas GAVI, a qual publicou a lista de signatários após um prazo para compromissos vinculativos ter expirado em 18 de setembro.
Dezenas de vacinas contra Covid-19 estão em fases de testes. A doença respiratória causada pelo novo coronavírus já infectou cerca de 31 milhões de pessoas globalmente e causou a morte de cerca de 1 milhão, um quinto das quais nos EUA.
“Isso não é caridade”
“O Covax oferecerá ao mundo o maior e mais diverso portfólio de vacinas candidatas”, disse o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Gebreyesus em uma coletiva virtual.
“Isso não é caridade, está no melhor interesse de cada país. Ou afundamos ou nadamos juntos. Isso não é somente a coisa certa a fazer, é a mais inteligente também”.
Com algumas nações mais ricas relutantes em relação ao Covax, o plano destacou o desafio de distribuir vacinas de forma igualitária em todo o mundo.
A aliança de vacinas disse que espera que outros 38 países ricos se juntem à iniciativa nos próximos dias.
Ela disse que havia recebido fundos para US$1,4 bilhão em desenvolvimento e pesquisa de vacinas, mas adicionais US$700 milhões a US$800 milhões eram urgentemente necessários.
Mais de 150 vacinas em potencial estão sendo desenvolvidas e testadas globalmente, com 38 em ensaios clínicos com humanos.
Fonte: Asahi