A preocupação cresce no Japão, onde um esforço de vacinação contra a Covid-19 começa nesta quarta-feira (17), de que milhões de doses da vacina da Pfizer poderiam ser desperdiçadas devido a uma escassez de seringas especiais que maximizam o número de doses usadas de cada frasco.
O governo fez pedidos urgentes, mas fabricantes estão enfrentando dificuldades para aumentar a produção rápido o suficiente, criando a mais recente dor de cabeça para o primeiro-ministro Yoshihide Suga, que sofre com fraco apoio do público.
“Ainda estamos tentando garantir seringas especiais”, disse o secretário-chefe do Gabinete Katsunobu Kato na terça-feira (16).
O Japão, com uma população de 126 milhões, assinou um contrato no mês passado com a Pfizer para obter 144 milhões de doses de sua vacina, ou suficientes para 72 milhões de pessoas.
Um frasco seria para 6 doses, diz a Pfizer, mas requer seringas especiais que retém um volume baixo de solução após uma injeção para extrair seis doses, enquanto somente 5 doses podem ser tiradas com seringas padrão que o governo armazenou em preparação para a campanha de inoculação.
“Quando se fala no que sobra nos frascos e seringas, o que não é usado será descartado”, disse Kato.
Vacinar a população do Japão rapidamente é uma prioridade principal para o governo de Suga, visto que ele está determinado a realizar as Olimpíadas de Tóquio neste verão após os Jogos terem sido adiados por um ano devido à pandemia de coronavírus.
Em uma tentativa de minimizar a quantidade de vacina deixada sem uso em seringas e frascos, o governo está pedindo a fabricantes de equipamento médico que aumentem a produção de seringas de “espaço zero”, mas há dúvidas se isso pode ser feito rápido o suficiente.
Embora casos diários estejam em declínio nas últimas semanas no Japão após atingir o pico no início de janeiro, Tóquio e outras nove províncias ainda estão sob estado de emergência do coronavírus.
Fonte: Nippon