A população da China poderia diminuir pela metade em 45 anos, alertaram pesquisadores, após novos dados de censo terem mostrado que a taxa de nascimentos do país caiu para um menos do que o esperado de 1.3.
Isso significa que cada mulher está dando à luz um média de 1.3 criança em suas vidas, bem abaixo da média de 2 que é necessária para manter uma população estável.
Se a tendência continuar, analistas alertam que a atual população do país de 1,4 bilhão poderia diminuir pela metade antes do fim de 2055.
Política de filho único alterada
Por décadas, a China tentou frear a rápida expansão populacional ao limitar estritamente o número de crianças que os casais poderiam ter – mas agora está correndo para desfazer essas políticas, visto que o pêndulo balança de volta na outra direção.
Pequim adotou sua notória política de filho único em 1979 após a população do país ter quase dobrado em somente 3 décadas, colocando pressão sobre recursos.
Métodos de cumprimento rigorosos levaram a uma rápida na queda dos nascimentos, com a política relaxada somente em 2013 para permitir que famílias de filho único tivessem um outro bebê.
A política foi ainda mais abrandada em 2015 para permitir que as famílias tivessem duas crianças, e em agosto deste ano foi relaxada ainda mais para permitir 3 filhos.
Taxa de declínio
Agora, um novo documento de pesquisa de acadêmicos da Universidade X’ian Jiaotong expôs a escala do problema – alertando que a taxa de declínio pode ter sido gravemente subestimada.
Em 2019, as Nações Unidas citaram o declínio populacional da China e disseram que o país poderia esperar ter 100 milhões de pessoas a menos até 2065.
Mas o professor Jiang Quanbao agora acredita que poderia na verdade ser 700 milhões de pessoas a menos no país até o fim de 2055.
Se a taxa de natalidade cair ainda mais, então a taxa de declínio poderia ser ainda mais dramática, alerta seu mais recente documento de pesquisa.
Uma taxa de natalidade de 1 veria a população da China diminuir pela metade até 2029, escreveu.
As autoridades chinesas “precisam prestar atenção à potencial inércia negativa de crescimento populacional e fazer um plano de contramedidas com antecedência”, escreveu ele, de acordo com reportagem do South China Morning Post.
Fonte: Mail Online