O terremoto mais profundo já detectado ocorreu a 751Km abaixo do Japão há 6 anos, afirma um novo estudo.
Pesquisadores na Universidade do Arizona, nos EUA, analisaram dados coletados pela rede de sismógrafos do Japão em maio de 2015 durante o terremoto de Ogasawara.
O maior abalo do evento mediu magnitude 7,9 na escala Richter, com epicentro ao largo da costa das Ilhas Bonin, também conhecidas como Ilhas Ogasawara.
Mas uma série de abalos menos severos foram registrados lá no fundo no manto inferior da Terra, incluindo um que chegou a 751Km de profundidade, onde cientistas acreditavam que terremotos “eram improváveis, se não impossíveis”.
A maioria dos terremotos ocorre dentro de alguns quilômetros da superfície do planeta, na crosta ou manto superior.
Contudo, o de 2015 registrou abalos no manto inferior onde temperaturas e pressões são tão intensas que as rochas podem se distorcer.
Nas notícias na época, o terremoto foi reportado a uma profundidade de 678Km, mas a nova estimativa estende esse máximo em outros 73Km.
Alguns cientistas dizem que mais pesquisa pode ser necessária para provar que o tremor realmente aconteceu no manto inferior, o que confirmaria como o terremoto mais profundo já registrado.
Terremotos profundos, como o de Ogasawara em 2015, podem ser sentidos mais distantes do que tremores perto da superfície, mas eles são raros.
De acordo com a database da Global Centroid Moment Tensor (CMT), de 56.832 terremotos de grau moderado a alto registrados entre 1976 e 2020, somente 18% foram mais profundos do que 70Km.
Menos ainda, a 4%, ocorreram a 300Km – a profundidade comumente usada como um limite para identificar “terremoto profundos”, pontua a National Geographic.
Apesar de suas origens impressionantemente profundas, terremotos desse tipo não causam a mesma devastação do que aqueles na crosta e manto superior.
Entretanto, as origens do terremoto de 2015 no manto inferior são misteriosas.
Fonte: Daily Mail