Santanyí, Espanha (banco de imagens)
Cobertura desigual de vacinas e um relaxamento de medidas preventivas levaram a Europa para um “ponto crítico” na pandemia, disse a Organização Mundial da Saúde – OMS, com os casos se aproximando de níveis recordes novamente e mais 500 mil mortes previstas até fevereiro.
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Hans Kluge, diretor da OMS na Europa, disse que todos os 53 países na região estavam enfrentando “uma ameaça real do ressurgimento da Covid-19 ou já estavam combatendo a doença” e pediu aos governos que reimponham ou continuem com medidas sociais e de saúde pública.
“Estamos, mais uma vez, no epicentro”, disse ele. “Com uma propagação do vírus, estou pedindo a toda autoridade da saúde que reconsidere cuidadosamente o abrandamento ou suspensão de medidas neste momento”. Ele disse que mesmo em países com altas taxas de vacinação, a imunização não pode fazer muito.
“As vacinas estão fazendo o que foi prometido: prevenir formas graves da doença e principalmente mortalidade, mas elas são nossos patrimônios mais poderosos somente se usadas juntamente com medidas sociais e de saúde pública”, disse Kluge.
Dentre os países com o maior número de novas infecções diárias, Letônia, Lituânia e Estônia estão enfrentando cargas críticas em seus sistemas de saúde.
A Letônia impôs um toque de recolher noturno, barrou todos os encontros públicos e privados e está limitando as compras para somente itens necessários.
Kluge disse que os números de casos na Europa e Ásia central haviam aumentado em 6% e mortes em 12%, com novas infecções diárias aumentando em 55% no último mês.
A Europa e a Ásia central combinadas agora contam por 59% de todos os casos confirmados globalmente e cerca da metade de todas as mortes.
Fonte: The Guardian