Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – imagem ilustrativa
Você já deve ter ouvido em alguns ambientes como escolas, parques e até mesmo no ambiente familiar, as pessoas se referirem a determinados indivíduos pelo seu comportamento enérgico, por não ficarem quietos e não fixarem a sua atenção nas atividades, que aquele ou aquela pode ser hiperativo. Para alguns essa agitação pode parecer engraçada, mas para outras pessoas esses mesmos comportamentos podem ser considerados exagerados e inadequados.
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Mas então, como conseguir distinguir os sintomas relacionados a uma simples manifestação do desenvolvimento saudável, de um transtorno?
O TDAH é um Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. É um transtorno neurobiológico (células do nosso sistema nervoso), que tem como características a desatenção extrema, desorganização, comportamentos impulsivos, inquietude, pessoa que conversa sem parar, entre outros. De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), esse transtorno tem início na infância, ocorrendo na maioria das culturas em cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos. Mais frequente no sexo masculino, na proporção de 2 casos para 1.
O TDAH costuma ser diagnosticado a partir dos 4 anos de idade, onde a desatenção vai ficando mais evidente e prejudicial. É possível perceber que a criança não consegue focar nas atividades, se distrai com muita facilidade, tudo para ele é estimulo e somada a hiperatividade, acaba por ter um rendimento escolar abaixo do considerado satisfatório.
TDAH na adolescência e em adultos
Com o passar dos anos chegando a fase da adolescência, o transtorno vai ficando relativamente estável mas alguns indivíduos tem uma probabilidade maior de desenvolver transtorno de conduta, e na vida adulta, transtorno antissocial. Uso de drogas, prisões, brigas, acidentes, violações de regras, relações familiares conturbadas e interações negativas, são algumas das características apresentadas por esses indivíduos não tratados corretamente. Podemos também citar, que no início da vida adulta, o TDAH está associado a um risco aumentado de tentativas de suicídio. (DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 2014).
Cabe aqui esclarecermos que, o indivíduo apresentar um ou outro sintoma citado acima, não significa que ele tenha TDAH, mas uma vez detectado alguns deles e os mesmos persistirem por mais de 6 meses, provocando assim um prejuízo de rendimento e afetando a qualidade de vida do indivíduo, é indicado buscar a ajuda especializada como um neurologista ou um psiquiatra , pois esses poderão através de uma investigação criteriosa atestar ou não o TDAH e indicar o tratamento especifico.
A ação conjunta entre essas especialidades e a Psicologia também é importante, pois através da soma dos esforços, o tratamento psicológico poderá auxiliar o paciente em uma nova rotina de atividades, em um novo modo de conviver com suas limitações e potencialidades, sempre buscando uma maior e melhor qualidade de vida e novas significações.
(DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 2014).
Se houver alguma dúvida sobre o tema, entre em contato com a autora.