Algumas das principais fabricantes de roupas do Japão vão transferir mais capacidade de produção para o país devido a pressões de um iene mais fraco, aumento de custos de trabalho no exterior e problemas de envio causados pela pandemia.
A World Co., cujos produtos são vendidos em lojas de departamento e shopping centers, vai situar grande parte de sua produção de roupas de gama alta no Japão dentro de 3 a 5 anos, alta do atual nível de cerca de 40%, soube o site Nikkei.
Mudanças como essa mostram como a interrupção na rede de fornecimento causada pela pandemia de coronavírus deu à indústria de roupas razão para repensar sua estratégia de produção, sinalizando uma mudança de centros no exterior como China e Vietnã.
A companhia está realocando produção principalmente de jaquetas, vestidos e artigos de malha da China e Vietnã para o Japão em fases. No geral, a participação de produção doméstica da World aumentará de 20 para 30 por cento.
A World não está sozinha nessas mudanças. A TSI Holdings, que distribui a marca de moda feminina da Jill Stuart e vestuário de golfe Ping no Japão, está considerando expandir a produção em suas plantas nacionais nas províncias de Yamagata e Miyazaki. Automação seria usada para produzir jaquetas, casacos e blusas, dentre outros produtos.
A indústria têxtil do Japão começou a mover produção para o exterior nos anos 1970. Agora, 79% de roupas vendidas no arquipélago é produzida no exterior em termos de valor, ou 98% em termos de volume.
Tipicamente, fabricantes de roupas têm mais facilidade em realocar produção do que montadoras ou outras companhias industriais porque seus equipamentos são menores.
Fonte: Asia Nikkei