Os australianos poderão ter que receber 2 ou mesmo 3 doses de vacina contra Covid-19 por ano para manter as defesas contra o vírus se resultados antecipados sobre eficácia de reforços se tornarem um guia útil.
Dados semanais publicados um pouco antes do Natal pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido mostram que a eficácia do reforço da Pfizer e da Moderna contra doença sintomática é menor para a ômicron do que para a variante delta em todos os períodos após a injeção.
Os dados do Reino Unido mostram que tanto o reforço da Pfizer quanto o da Moderna tiveram 90% de eficácia contra doenças sintomáticas em decorrência da delta até pelo menos 9 semanas.
Em contraste, a eficácia contra a cepa ômicron foi aproximadamente 30% menor, e pareceu diminuir ainda mais após 9 semanas.
Especialistas médicos na Austrália disseram que resultados além da base de dados de 12 semanas seriam necessários para ter uma visão a longo prazo.
Jaya Dantas, professor de saúde internacional na Universidade de Curtin, na Austrália, disse que ainda era cedo para a compreensão da eficácia das vacinações, mas “parece que pode haver a necessidade de doses de reforço regulares”.
“Você poderá precisar de reforços, talvez dois ou três ao ano”, disse Dantas, com os idosos tendo a maior probabilidade de estarem em linha com a dose tripla anual.
Até agora, o vírus deu origem a 11 variantes, com a delta e a ômicron sendo as mais contagiosas. Dez delas surgiram em nações em desenvolvimento do mundo.
Fonte: The Guardian