Transtorno do Pânico: sintomas podem ser confundidos com os sintomas de um Infarto

Ataques de pânico podem ser confundidos com infarto. Veja como pode afetar sua vida.

Ataques de pânico? Como identificar? (Imagem ilustrativa)

Transtorno do Pânico, uma doença psiquiátrica onde os sintomas podem ser confundidos com os sintomas de um Infarto

Até 1/3 da população pode apresentar um episódio isolado de ataques de pânico, que geralmente vai embora e nunca mais volta. Já o Transtorno do Pânico afeta cerca de 3% das pessoas no mundo. Muito mais comuns em indivíduos do sexo feminino do que nos do sexo masculino, mas as características clínicas dos sintomas dos ataques de pânico não se diferem entre os gêneros.

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Mas afinal, o que é Transtorno do Pânico?

O Transtorno do pânico é um distúrbio que faz parte de um grupo de doenças psiquiátricas conhecidas como Transtornos de Ansiedade.  Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), Transtorno de Pânico se refere a ataques de pânico inesperados recorrentes. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos, com duração variável entre 10 a 40 minutos e durante esse tempo a pessoa pode se sentir muito mal, ter a sensação de que vai morrer e confundir os sintomas com um infarto.

A causa dessa patologia ainda é desconhecida, sabe-se que os pacientes com transtorno do pânico apresentam desequilíbrios no funcionamento dos seus neurotransmissores onde muitas vezes o cérebro interpreta erroneamente situações comuns e inofensivas, passando a mensagem de perigo ao funcionamento do corpo.  Fatores genéticos e ambientais, também podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença.

Talvez você já tenha ouvido alguns brasileiros no Japão referirem sofrer ou conhecer alguém que está enfrentando esse problema. Isso acaba fazendo com que eles se ausentem do trabalho, do convívio social, ocasionam mais idas as unidades de saúde e até mesmo pode levar a tentativas de suicídio quando não diagnosticado e tratado corretamente.

Quais os sinais e sintomas mais comuns durante os ataques de pânico?

Palpitações ou coração acelerado, sudorese, tremor, sensação de falta de ar ou de não conseguir respirar direito, respiração acelerada, dor ou desconforto no peito, sensação de dificuldade para engolir, náuseas, dor ou mal-estar abdominal, dor de cabeça, tontura, despersonalização (sentir-se separado de si mesmo) medo de perder o controle, medo de enlouquecer, medo de morrer, sensações de formigamento na face ou nos membros e calafrios ou ondas de calor.

Não necessariamente a pessoa irá sentir todos os sintomas durante as crises e os sintomas podem variar de uma crise para outra.

 Como identificar?

De acordo com o Manual de Classificação de Doenças Mentais (DSM-5), o paciente para ser considerado portador da síndrome do pânico precisa ter tido pelo menos uma das duas situações a seguir:

  • Quatro ou mais ataques de pânico em um período de quatro semanas.
  • Um ou mais ataques de pânico seguidos de pelo menos um mês de medo persistente de ter outra crise.

Somente o médico ou um especialista qualificado pode diagnosticá-lo como tendo uma condição de saúde mental. Profissionais que tratam o transtorno do pânico são treinados para fazer um diagnóstico preciso. O diagnóstico deve ser embasado em uma boa história clínica, no exame do estado mental e no diagnóstico diferencial (especialmente com relação a outros transtornos de ansiedade e problemas clínicos). Além disso, deve-se atentar para a presença de comorbidades (doenças pré-existentes), que são encontradas com frequência nesses pacientes e modificam tanto o tratamento como o curso da doença.

Que orientações podemos seguir para um bom tratamento?

As técnicas de relaxamento e o treino de respiração sempre ajudam bastante em momentos de crise, pois contribuem no controle da ansiedade. Para que o tratamento seja eficaz deve ser realizado de forma conjunta entre paciente, psiquiatria, medicamentos e psicoterapia.

Lembrem-se que, para estarmos bem e termos uma melhor qualidade de vida, corpo e mente precisam estar em equilíbrio.

Boas Reflexões!
Eliana Nonaka

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American Psychiatric Association (2014). DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª Ed.) Artmed

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Os textos publicados nesta página não refletem necessariamente a opinião do Portal Mie, são de criação e responsabilidade do autor Eliana A. C. I. Nonaka

Eliana A. C. I. Nonaka (CRP 06/170575) – Psicóloga formada pela Faculdade FMU Faculdades Metropolitanas Unidas.
Morou no Japão por 14 anos, hoje é atuante no Brasil, inclusive atendendo brasileiros de diversos países de forma online.

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