Autoridades ucranianas disseram na terça-feira (8) que uma menina de 6 anos morreu por desidratação sob as ruínas de sua casa em Mariupol, no sudeste do país, após bombardeios pelas forças russas terem destruído o prédio e matado sua mãe.
Moscou chama suas ações na Ucrânia de “operação militar especial” designada a destruir as capacidades militares de seu vizinho e capturar o que ela considera como nacionalistas perigosos. Ela nega ter civis como alvo.
Bombardeio russo pesado na última semana cortou o fornecimento de água e energia em Mariupol, que tem população de cerca de 400 mil pessoas, e impediu que serviços de emergência chegassem a muitos lugares que foram atacados, diz o conselho da cidade.
“Não podemos dizer por quanto tempo nossa pequena e forte cidadã de Mariupol lutou pela vida. Não podemos imaginar o quanto de sofrimento uma criança inocente teve que enfrentar”, disse o prefeito Vadym Boichenko em uma postagem online, compartilhando apenas o primeiro nome da menina: Tanya.
“Nos últimos minutos de sua vida ela estava sozinha, exausta, com medo e com muita sede. Essa é apenas uma das muitas histórias de Mariupol, que está bloqueada há 8 dias”.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenzky disse que era inaceitável que uma criança pudesse morrer de tal maneira no século 21.
Desde a manhã de terça-feira, o escritório de direitos humanos das Nações Unidas havia registrado pelos menos 406 mortes de civis na Ucrânia desde o primeiro dia de invasão russa em 24 de fevereiro, mas o número de óbitos era provavelmente bem maior.
Fonte: US News