Tropas russas recuam de Kiev, capital da Ucrânia

As tropas russas estão recuando de Kiev, mas já mataram quase mil civis e quase 2 mil estão feridos. Além disso, mais de 3,6 milhões já deixaram o país.

Tanque russo no subúrbio de Kiev abatido pelos ucranianos (Ukrinform)

Em relação às vítimas da guerra da Rússia na Ucrânia, segundo relatos do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), até 23 deste mês, o total é de 977 civis mortos, incluindo as crianças, e 1.594 feridos. Estima-se que o número de pessoas que se refugiaram no exterior passa de 3,62 milhões.

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Um alto funcionário do Pentágono disse que as tropas da Rússia, que já estavam se aproximando de 20 a 30 quilômetros da capital Kiev, recuaram até cerca de 55km, de volta às linhas de frente do subúrbio.  

O Departamento de Defesa britânico também informou que a Rússia enfrenta sérios problemas como abastecimento de suprimentos e desmoralização das suas tropas no nordeste de Kiev. Além disso, as tropas da Ucrânia contra-atacam em várias cidades próximas a Kiev, a noroeste Butcha e Irpin estão em uma situação em que podem sitiar o exército russo.

Segundo fontes da jornalista Oksana Baulina, na sua última matéria, antes de sua morte, “a defesa da Ucrânia disse que o cerco total ainda não é possível, mas suas tropas cortaram quase inteiramente o fornecimento de munições e reforços dos russos”.

“Nosso objetivo é ganhar o controle dos comboios logísticos. Os lutadores se renderão quando não tiverem com que atirar. Munições são fundamentais. Se eles podem atirar de volta contra nós, é isso que eles vão fazer. Se eles estiverem sem combustível, os tanques ficarão encalhados. Mas eles têm que se movimentar porque podemos vê-los”, explicou um oficial de inteligência militar ucraniano ao The Insider.

Na manhã de quarta-feira ocorreu um bombardeio em Shevchenkivskyi, um dos distritos de Kiev.

Por outro lado, as tropas russas estão acelerando as suas atividades na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e estão se concentrando mais nas regiões de Lugansk e Donetsk. Antes da invasão no mês passado, a Administração Presidencial da Rússia declarou ambas as regiões independentes.

No leste de Mariupol, cercado por tropas russas, estima-se que cerca de 100 mil civis tenham ficado para trás, onde continua uma grave crise humanitária.

O Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia afirmou, na quarta-feira, que o regresso de algumas unidades da Bielorrússia às suas localizações permanentes está parcialmente confirmado, enquanto o regime de Alexander Lukashenko continua a manter um grupo significativo de tropas perto da fronteira com a Ucrânia.

Veja como ficou um shopping center de Kiev após o bombardeio.

Fontes: NHK, CNN Japan, Ukrinform, OHCHR e The Insider

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Jornalista russa morreu sob bombardeio na Ucrânia

Publicado em 24 de março de 2022, em Notícias do Mundo

Ela estava trabalhando na cidade de Kiev e foi morta a tiros pelos soldados de seu país.

Jornalista russa morre durante cobertura na capital da Ucrânia (The Insider)

A jornalista do site de notícias anti-Kremlin, The Insider, Oksana Baulina, morreu sob um bombardeio em Kiev, capital da Ucrânia, enquanto realizava uma tarefa editorial, na quarta-feira (23). 

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Ela estava gravando a destruição após o bombardeio do distrito de Podolsky da capital por tropas russas e foi atingida pelos disparos.

Outro civil morreu com ela, e duas pessoas que a acompanhavam ficaram feridas e foram hospitalizadas, entre elas um jornalista.

Antes de ingressar no The Insider, Oksana trabalhou para a Fundação Anticorrupção. Depois que a fundação foi incluída na lista de organizações extremistas, foi forçada a deixar a Rússia.

Como correspondente, Oksana foi para a Ucrânia, onde conseguiu fazer várias reportagens de Lviv e Kiev.  Outros jornalistas foram mortos durante seu trabalho na Ucrânia, na cobertura do ataque das tropas da Rússia. 

O The Insider lamenta a morte da colega e informou que continuará a cobrir a guerra na Ucrânia, “incluindo os crimes de guerra russos como bombardeios indiscriminados de áreas residenciais onde civis e jornalistas são mortos”.

Fontes: The Insider e Mainichi

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