A invasão da Ucrânia pela Rússia ameaça sacudir o fundamento da ordem internacional e poderia potencialmente levar o mundo para “a maior crise” desde a 2ª Guerra Mundial, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida no domingo (27).
O Japão não descartaria quaisquer opções de fortalecer fundamentalmente suas capacidades de defesa, enquanto o governo tem a intenção de revisar a Estratégia de Segurança Nacional, uma diretriz a longo termo, até o fim do ano, e outros dois documentos fundamentais e sua construção de defesa, disse Kishida em um discurso em uma cerimônia de graduação da Academia de Defesa Nacional.
O Japão está decidido em ajudar a Ucrânia, visto que suas ações, junto com outros países, determinarão o futuro estado da comunidade internacional, enquanto os ataques da Rússia contra o país no leste europeu continuam, disse ele.
O ataque unilateral da Rússia contra a Ucrânia poderia encorajar a China a atacar Taiwan, a qual Pequim vê como uma província renegada aguardando reunificação por força se necessário, dizem especialistas diplomáticos e da defesa.
“O ambiente de segurança que rodeia nosso país está se tornando marcadamente mais grave” dadas as tentativas cada vez mais ousadas pela China nos últimos anos em mudar unilateralmente o status quo (estado das coisas) nos mares do leste e sul da China, assim como sucessivos lançamentos de mísseis balísticos pela Coreia do Norte, disse Kishida.
Ele enfatizou a importância de fortalecer a cooperação entre as Forças de Autodefesa e a Guarda Costeira do Japão, visto que a China afirma soberania sobre as Senkaku, um grupo de ilhas desabitadas administradas pelo Japão no Mar do Leste da China, enviando frequentemente navios nas proximidades para projetar seu poder.
Fonte: Mainichi