Um dos diretores do Energoatom, Petro Kotin, da Ucrânia visitou uma das áreas da Zona de Exclusão de Chernobyl, onde os ocupantes russos cavaram as trincheiras. Ele disse que todos os soldados russos, que já se retiraram da área, agora devem estar enfrentando doenças por exposição à radiação.
Essa informação foi publicada em um post da Energoatom, no Telegram, no domingo (10). Essa empresa é a operadora de 4 usinas nucleares da Ucrânia, incluindo a de Chernobyl.
O relatório diz que níveis anormalmente altos de radiação foram registrados nos locais onde os ocupantes russos cavaram para fortalecer suas posições. “O índice de radiação externa (fundo gama) nos locais de medição foi de 3,2 a 4 μSv/h (microsieverts por hora), o que é 10 a 15 vezes maior que o normal”, informou.
Um dos indicadores que mede a radiação interna recebida pelos soldados russos, da superfície do solo (contaminação Beta), nos locais de medição foi 90 Sr, que é 160 vezes mais que o normal.
Outro fator de radiação interna é a contaminação Alfa, que se forma devido aos fragmentos de combustível nuclear e grafite do reator espalhados nesta parte da chamada Floresta Vermelha. Esses fragmentos estão agora 40 a 80 centímetros abaixo da superfície, mas os ocupantes russos cavaram mais fundo.
Foi relatado que, ao entrar em um corpo humano, esse tipo de radiação é dezenas e centenas de vezes mais poderoso que os raios Gama e Beta.
Portanto, todos os ocupantes, que estavam baseados na Floresta Vermelha e cavaram trincheiras lá por quase 30 dias, enfrentarão doenças por exposição radiação de gravidade variável.
As autoridades ucranianas informaram que as tropas russas saquearam 133 materiais radioativos da usina nuclear de Chernobyl, alertando que poderão ser expostos às pessoas.
Fontes: Ukrinform e ANN