Uma equipe da Universidade de Ciência e Tecnologia de Kurashiki, província de Okayama, está fazendo pesquisa científica de uma múmia com formato de sereia.
Mas não é uma daquelas que aparecem em contos infantis, com rosto e dorso de uma mulher e cauda de peixe. Se trata de um ser de 30 centímetros de comprimento, cuja múmia ficou guardada em um templo da província, cujas características são de um primata na parte superior e de peixe no inferior do corpo.
A pesquisa começou em fevereiro, por uma equipe formada por professores e estudiosos, e já foram realizadas análises através de raio-X e tomografia computadorizada.
Sereia de verdade
Segundo relatos, a parte superior do corpo, tem a cabeça com as órbitas voltadas para a frente, nariz, boca, ambos os braços, 5 dedos e cabelo, o que faz parecer um primata. Na parte inferior do corpo possui barbatanas dorsais e caudais, cobertas com escamas parecidas com as dos peixes. Os dentes são cônicos e lembram os de peixes carnívoros, sem equivalente a molares.
Investigações com tomografia computadorizada revelaram que os órgãos internos não puderam ser confirmados, mas têm cutículas semelhantes às do cabelo e pelos dos mamíferos, como também havia uma agulha de metal cravada no pescoço e na barbatana dorsal. Escamas com diferentes formas da parte inferior do corpo foram confirmadas nos braços, ombros e bochechas.
No futuro, além de comparar o esqueleto e o cabelo com outros organismos, serão realizadas análises de DNA de escamas descascadas, datação por radiocarbono de tecidos descascados, etc., para aproximação da histórica e da identidade. Os pesquisadores querem saber se é uma sereia, um mamífero ou outro tipo de ser que viveu na era Edo do Japão.
Takashi Kato, professor de ciências da vida e paleontologia na mesma universidade disse: “As sereias foram objeto de adoração durante o período Edo e continuaremos a pesquisa do ponto de vista da lenda também”.
Os resultados da pesquisa serão divulgados em setembro. Antes disso, a múmia dessa sereia estará exibida ao público no Museu de História Natural Kurashiki de julho a setembro.
Fontes: San’yo Shimbun e KSB