O corpo do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe chegou a Tóquio, sua terra natal, neste sábado (9), um dia após ele ter sido assassinado em plena luz do dia, chocando e enfurecendo uma nação que não está acostumada com violência envolvendo armas.
A viúva Akie Abe acompanhou o corpo do marido saindo de Nara para Tóquio, onde a família reside. Autoridades agora se encontrarão com familiares para discutir sobre o funeral, disse o escritório de Abe à rede CNN.
Enquanto o corpo de Abe chegava a Tóquio, a polícia continuava a questionar o atirador suspeito.
Em sua casa foram encontrados vários tipos de armas caseiras montadas com canos de metal, disseram autoridades.
Presidentes, primeiros-ministros e outros líderes internacionais enviaram suas mensagens de condolências manifestando indignação e tristeza pelo assassinato.
Abe, de 67 anos, teve a morte anunciada pelos médicos no Hospital Universitário de Nara às 17h03 de sexta-feira (8), apenas 5 horas após ele ter sido baleado enquanto fazia um discurso de campanha em frente a uma pequena multidão na rua.
No momento do ataque, Abe estava falando em suporte aos candidatos do dominante Partido Liberal Democrático (PLD) antes das eleições da Câmara dos Conselheiros no domingo (10), a qual ainda está programada para acontecer.
Apesar de renunciar como primeiro-ministro do Japão em 2020 devido a razões de saúde, Abe se manteve como uma figura influente no panorama político do país e continuava a fazer campanha para o PLD.
Abe chegou ao hospital em estado de parada cardiorrespiratória e, apesar de uma equipe médica ter lutado para ressuscitá-lo, o ex-primeiro-ministro morreu em decorrência de sangramento excessivo causado por ferimento de bala em seu pescoço e coração, disseram médicos.
Tetsuya Yamagami, de 41 anos, admitiu ter atirado em Abe com uma arma feita em casa, disse a polícia de Nara Nishi durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira.
Yamagami, que está desempregado, disse aos investigadores que ele tinha ódio de um certo grupo o qual ele acreditava ter ligação com Abe. A polícia não identificou o grupo.
Fonte: CNN