A Sociedade Japonesa de Medicina Intensiva revelou que em uma amostragem de 220 pacientes, de 0 a 20 anos, com covid-19, em estado moderado e grave, cuja maioria foi infectada pela variante ômicron, a partir de março deste ano, mais de ⅔ (dois terços) deles não tinha comorbidade.
Esses pacientes foram tratados com oxigênio ou com ventilador mecânico por causa do quadro da doença.
A análise por faixa etária mostrou que a maior fatia tinha idade entre 1 e 5 anos:
- bebê: 15%
- 1 a 5 anos: 44%
- 6 a 12 anos (estudante do primário): 33%
- 13 a 15 anos (estudante do ginásio): 4%
- 16 a 18 anos (colegial): 4%
Essa análise por faixa etária mostra que a maioria (92%) é de 0 a 12 anos.
Principais sintomas nas crianças em estado grave e moderado
Além disso, como resultado da investigação dos sintomas específicos dos 131 pacientes da sétima onda de infecção, com covid em estados moderado e grave, no período de 26 a 28 de junho deste mês, foram observados:
- 26% com encefalopatia aguda
- 21% com pneumonia
- 17% com convulsão
Além disso, 79 pacientes, ou cerca de 60%, necessitaram de tratamento na unidade de terapia intensiva (UTI).
Pediatras recomendam vacinação
O Comitê de Terapia Intensiva Pediátrica da Sociedade Japonesa de Medicina Intensiva disse: “Em comparação com antes, o número de crianças com sintomas graves aumentou desde o surto da variante ômicron. Gostaríamos que sejam tomadas as medidas apropriadas de controle de infecção para reduzir o risco”. Além disso, um especialista entrevistado pela NHK recomenda a vacinação para as crianças.
No Japão, a única vacina que pode ser usada para crianças de 5 a 11 anos é a farmacêutica Pfizer, cuja inoculação começou em fevereiro. De acordo com o resumo da Secretaria do Gabinete, até 28 de agosto, apenas cerca de 20% das crianças completaram a segunda dose.
De acordo com os resultados de um ensaio clínico internacional publicado pela Pfizer, quando a terceira dose é administrada em crianças de 5 a 11 anos, cerca de meio ano após a segunda vacinação, a quantidade de anticorpos neutralizantes que suprime a ação do coronavírus é maior do que antes da vacinação. É de 6 vezes mais e espera-se também que seja eficaz contra a variante ômicron.
Fontes: NHK e Yomiuri