Crianças continuam a ser levadas de zonas de batalha na Ucrânia para adoção na Rússia, isso de acordo com o Instituto de Guerra dos EUA, o qual cita confirmações da mídia russa.
Ele diz que crianças foram transportadas da cidade devastada de Mariupol para serem preparadas pelo escritório do Comissário para Direitos das Crianças. A meta final é a adoção por famílias russas.
Moscou afirma que essas crianças não têm pais ou guardiões para cuidar delas, ou que eles não podem ser contactados. Mas a Associated Press alega que autoridades deportaram crianças ucranianas para a Rússia ou territórios mantidos pelos russos sem consentimento e mentiram para elas que seus pais não as queriam mais.
Se elas têm ou não pais, criar crianças de guerra em um outro país ou cultura pode ser um marcador de genocídio, uma tentativa de apagar a identidade de uma nação inimiga.
Promotores dizem que isso também pode estar ligado diretamente ao presidente Vladimir Putin, que apoiava explicitamente as adoções.
A lei russa proíbe a adoção de crianças estrangeiras. Mas em maio, Putin assinou um decreto facilitando para que a Rússia adotasse e oferecesse cidadania a crianças ucranianas sem cuidado parental. Isso também dificultou para a Ucrânia e parentes sobreviventes tê-las de volta.
A Rússia também preparou um registro de famílias russas adequadas para crianças ucranianas e as paga por cada menor que recebe cidadania. Isso pode ser de até €1,000 para aquelas com deficiência.
Fonte: Euronews