Paciente com covid em estado grave (Wikimedia)
No final da sétima onda de infecção pelo coronavírus, há uma séria preocupação sobre a 8.ª onda, pois novas subvariantes da ômicron já foram detectadas e há sinais de novas epidemias no exterior.
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Há também a visão de que um número considerável de pessoas infectadas aparecerá na 8.ª onda, o que requer vigilância, segundo os especialistas.
Na sétima onda, a qual começou em junho de 2022 e com pico em agosto, cerca de 12 milhões de pessoas foram infectadas no Japão. Embora o número de pessoas infectadas tenha caído em setembro, o declínio nem parou completamente e há indícios de ter começado a próxima.
Sétima onda, a qual nem terminou mas o gráfico mostra aumento na última semana, indicando o começo de uma possível 8.ª onda (News Digest)
O professor Atsuo Hamada, da Universidade de Medicina de Tóquio, aponta 3 possibilidades:
- Efeito brasa, onde as subvariantes ômicron estão aparentemente calmas mas se inflamam novamente
- Epidemia de uma nova subvariante da ômicron. Atualmente, é concebível que uma subvariante, já infectando no exterior, entre no Japão e se expanda. Nesse caso, a 8.ª onda poderá ser bastante grande
- No caso de surgimento de outra cepa mutante diferente da subvariante ômicron, que cause uma pandemia. Em dezembro de 2009, a ômicron surgiu repentinamente no sul da África e se espalhou pelo mundo. Acredita-se que essas novas cepas mutantes sejam altamente infecciosas
As subvariantes da ômicron chamada de BQ.1.1, conhecida como Kerberos, e a XBB, também chamada de Gryphon, já foram detectadas em Tóquio, e podem aumentar.
Como evitar a infecção e o agravamento na 8.ª onda
De acordo com a NHK, sobre a 8.ª onda da epidemia, o professor Nishiura da Universidade de Quioto, especialista em modelagem de doenças infecciosas, “deverá infectar até 8 milhões de pessoas”. No entanto, aponta que é possível reduzir 30% com a vacinação adequada.
Comprovante da 4.ª dose com a vacina da Pfizer contra a ômicron (PM)
O professor Atsuo Hamada também enfatiza a importância da vacinação. “Seja um ressurgimento de BA.5 ou uma nova epidemia derivada, todas são cepas da ômicron, portanto, se você receber a vacina adequada, oferecerá um certo efeito na prevenção da infecção e do agravamento da covid. Além disso, mesmo que outra cepa mutante se torne predominante, a vacina contra a ômicron fortalece a imunidade contra o coronavírus em geral”, explicou.
Por isso, se ainda não recebeu o reforço com a vacina contra a ômicron, como 3.ª, 4.ª ou 5.ª dose, vale a pena para evitar a infecção e, caso teste positivo, evitará o agravamento da covid.
A dose de reforço da vacina contra o coronavírus e a ômicron está sendo oferecida pelas prefeituras, através do governo do Japão, gratuitamente.
Relembrando, o intervalo entre as vacinas contra a ômicron é de 3 meses, e todas as pessoas com mais de 12 anos que completaram as 2 primeiras doses podem ser vacinadas, escolhendo entre Pfizer e Moderna.
Em preparação para a 8.ª onda, o governo pede que as pessoas se vacinem o máximo possível até o final do ano.
Fontes: J-Cast e Asahi