O medicamento contra covid-19 da Merck está causando novas mutações do vírus, alerta estudo, em meio a temores de que seu uso na China poderia criar uma variante inteiramente nova.
As mutações detectadas são inofensivas, mas pesquisadores temem que algumas podem ser perigosas.
Um medicamento contra Covid que acaba de ser aprovado na China faz com que o coronavírus sofra mutação de novas maneiras, alerta um estudo.
Pesquisadores nos EUA e Reino Unido identificaram as novas mutações em amostras virais coletadas de dezenas de pacientes que receberam o antiviral Lagevrio da Merck.
Enquanto o Lagevrio tenha sido raramente usado nos EUA ou no Reino Unido, ele acaba de ser autorizado na China, onde autoridades têm dependido de vacinas e tratamentos inferiores em meio a uma onda devastadora do vírus.
Um especialista alerta que esse uso pode levar à emergência de novas variantes, e até mesmo chamou o uso contínuo do Lagevrio em algumas partes do mundo de “perturbador”.
Autoridades na China vêm alertando há meses que as taxas exorbitantes de infecções no país poderiam abrir espaço para uma nova variante perigosa. E isso foi antes das mais recentes descobertas.
Enquanto pesquisadores não acreditem que as mutações detectadas sejam perigosas, há temores que mais mudanças no vírus agora poderiam abrir as portas para futuros problemas.
Preocupações de que o Lagevrio poderiam estimular mutações surgiram na época em que ele recebeu aprovação da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) no fim de 2021.
O medicamento funciona ao criar mutações no genoma da Covid que impede a replicação do vírus no corpo.
Enquanto ele tenha sido visto inicialmente como um avanço, o Paxlovid da Pfizer superou o Lagevrio como o antiviral de escolha contra Covid.
O mais recente estudo foi publicado online como uma pré-publicação e não foi revisto em pares (peer-reviewed).
Fonte: Daily Mail