Um grande júri de Manhattan votou para indiciar Donald Trump sob acusações envolvendo pagamentos feitos durante a campanha presidencial de 2016 para silenciar afirmações de relações extraconjugais, o primeiro caso criminal já registrado contra um ex-presidente dos EUA e um abalo para a tentativa de Trump de retomar a Casa Branca em 2024.
O indiciamento, confirmado na quinta-feira (30) por Joe Tacopina, advogado de Trump, e outras pessoas com conhecimento do assunto que não foram autorizadas a discutir acusações criminais, é um desenvolvimento extraordinário após anos de investigações em seus negócios e relações políticas e pessoais.
“Ele não cometeu crime algum. Combateremos vigorosamente esse processo político no tribunal”, disse Tacopina.
A investigação da promotoria se centrou em dinheiro pago á atriz pornô Stormy Daniels e à ex-modelo da Playboy Karen McDougal, as quais ele temia que iriam a público com afirmações de que elas tiveram relações extraconjugais com ele.
Trump, que negou qualquer irregularidade e atacou repetidamente a investigação como motivada politicamente, deve se entregar às autoridades na próxima semana, embora detalhes ainda estivessem sendo trabalhados, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto.
Ao conduzir as acusações, o promotor de Manhattan, Alvin Bragg, está abraçando um caso incomum que vinha sendo investigado por outros dois promotores anteriores, ambos os quais se recusaram a tomar o passo politicamente explosivo de buscar o indiciamento de Trump.
Nas semanas que levaram ao indiciamento, Trump reclamou na mídia social sobre a investigação e pediu a apoiadores que protestassem em seu nome, levando a uma segurança mais reforçada em torno do tribunal de Manhattan.
Fonte: Mainichi