Em meio a uma série de casos em que os governos locais têm que lidar com as chamadas “mansões do lixo“, o Ministério dos Assuntos Internos e Comunicação do Japão (SOUMU), iniciou uma pesquisa junto às prefeituras e agências, argumentando que “o governo não tomou medidas suficientes”.
Segundo o levantamento do Ministério do Meio Ambiente do Japão (ENV), divulgado em março deste ano, o número dessas casas acumuladoras de lixo passou de 5 mil nos últimos 5 anos.
O objetivo da pesquisa é divulgar a situação atual, exigindo medidas do governo nacional na resolução do problema, responsabilidade exercida atualmente pelas prefeituras e há um pedido para criação de leis.
Em setembro do ano passado, o ENV fez um levantamento desses casos em 1.741 cidades de todo o país.
Entre abril de 2018 e setembro de 2022, 661 cidades responderam que tinham conhecimento sobre as “mansões do lixo“, cujo total subiu para 5.224 em 661 cidades.
Entre as províncias, Tóquio teve o maior número de casos com 880, seguida por Aichi com 538 e Chiba com 341. Quase metade dos casos foi resolvido através de orientações aos proprietários e familiares, além do apoio das prefeituras, como a retirada do lixo.
As casas acumuladoras de lixo geram diversos impactos negativos no cotidiano dos moradores, como ameaça à saúde pública; na prevenção de desastres e no transporte, por isso, quando os proprietários argumentam que “não é lixo” e sim direito de propriedade, torna-se difícil resolver o problema por terceiros.
A legislação atual limita a resolução do problema e algumas prefeituras elaboraram suas próprias portarias como forma de resolver o problema, inclusive obrigando a execução da retirada do lixo.
Fonte: Sankei