O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida reiterou na quinta-feira (8) sua disposição em se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un para resolver a questão de longa data dos sequestros passados de Pyongyang de cidadãos japoneses.
“Uma cúpula de líderes com o secretário-geral Kim deveria ser realizada em um futuro próximo sem desperdiçar oportunidade, então, tenho a intenção de continuar buscando diálogos de alto nível sob meu controle direto”, disse Kishida em um comitê da Câmara Alta. No fim de maio, ele manifestou mais de uma vez sua disponibilidade em se encontrar com Kim.
As famílias dos sequestrados estão envelhecendo, citou Kishida.
“A questão dos sequestros é uma questão de direitos humanos com limite de tempo”, disse ele.
A motivação de Kishida para um diálogo com Kim se origina da possibilidade de que a Coreia do Norte em breve abrirá suas fronteiras com a China para viajantes e iniciará atividade diplomáticas.
A Coreia do Norte retomou serviço de trem de carga para a China e Rússia em 2022.
O governo japonês lista oficialmente 17 cidadãos sequestrados pela Coreia do Norte e nenhum progresso sobre a questão foi feito por cerca de uma década.
O movimento mais recente foi o Acordo de Estocolmo de 2014, em que o lado norte-coreano prometeu reabrir investigações sobre sequestrados. Posteriormente, Pyongyang declarou um fim unilateral às investigações em 2016.
A maioria dos desaparecidos estava na casa dos 20 anos, mas a mais nova, Megumi Yokota, tinha 13 anos quando desapareceu em novembro de 1977 na cidade costeira de Niigata. O governo norte-coreano afirma que ela cometeu suicídio em março de 1994.
É possível que as vítimas tenham sido sequestradas para ensinar a língua e a cultura japonesa a espiões norte-coreanos. As vítimas mais velhas também podem ter sido sequestradas para a Coreia do Norte para se apropriarem de suas identidades e é provável que essas pessoas tenham sido mortas imediatamente.
Fonte: Asia Nikkei