Havia sido anunciado no primeiro semestre que as vendas da pílula do dia seguinte, sem prescrição médica, nas farmácias, começariam no verão deste ano.
Mas, ainda não se vê esse contraceptivo de emergência, ou anticoncepção de emergência (AE), nas prateleiras das drogarias.
Esse tipo de produto químico é visto como um preventivo da gravidez indesejada, com 80% de chance de prevenção se tomado até 72 horas após a relação sexual.
É difícil prever se as farmácias japonesas conseguirão vender a AE, pois embora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar (MHLW) tenha anunciado que permitiria as vendas sem prescrição, algo aconteceu. Também houve uma mudança no ministério de Kishida nesse meio tempo.
O recém-nomeado novo ministro dessa pasta, MHLW, Keizo Takemi, não está sendo muito bem visto pelas diversas organizações a favor da pílula do dia seguinte nas farmácias.
“Acredito que esta é uma questão muito importante. Como ministro, gostaria de considerar e estabelecer uma posição sobre como abordar esta questão”, disse ele quando assumiu.
Segundo algumas fontes, a seleção das farmácias está em curso e as vendas experimentais podem ser adiadas até ao final do ano.
Na noite de 27 de setembro foi realizada uma manifestação em frente à estação de Tóquio, com cerca de 130 participantes, entre o Dia Mundial da Contracepção (26) e Dia Internacional do Aborto Seguro (28), para celebrar a Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos (SRHR, acrônimo de Sexual and Reproductive Health and Rights).
Nessa ocasião foram levantadas questões sobre o direito limitado de escolher a contracepção, parto e aborto, incluindo a pílula do dia seguinte. Afinal, um dos direitos das mulheres do SRHR é “meu corpo, minha escolha”.
Fonte: Bengo