O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, deverá apresentar uma proposta em relação às medidas econômicas, enfatizando que uma parte dos aumentos das receitas fiscais deverá ser usada para favorecer o povo.
A proposta deverá ser apresentada na sessão extraordinária da Dieta na sexta-feira (20) e também deverá fazer um discurso sobre o tema na segunda-feira (23).
Abordará a situação atual em que o aumento salarial não consegue acompanhar as rápidas subidas dos preços. Pretende expandir o benefício local de apoio prioritário (重点支援地方交付金) para oferecer uma ajuda às famílias para reduzir o impacto dos preços da gasolina, eletricidade e gás.
O governo pretende dar ênfase no aumento dos rendimentos em primeiro lugar e na redução da carga fiscal e do seguro social.
Benefício de 30 mil ienes
O parlamentar Kenta Izumi, representante do Partido Democrático Constitucional do Japão (PDC), realizou uma coletiva de imprensa na quarta-feira (18), para falar das medidas econômicas de emergência para ajudar o povo a superar os preços elevados.
A sua proposta é de um benefício contra a inflação de 30 mil ienes para 60% das famílias, incluindo as da classe média, mas também um benefício às crianças e adolescentes estudantes (até o colegial), no valor de 15 mil ienes.
O benefício contra a inflação é uma medida que enfatiza o apoio direto aos orçamentos familiares, uma vez que o aumento salarial sob o governo de Fumio Kishida não acompanhou o dos preços, disse Izumi.
Também especificou a ativação de uma “cláusula de gatilho” que reduziria parte do imposto sobre a gasolina, tornando-a mais barata em cerca de 25 ienes por litro.
O plano inclui abolir o sistema de fatura (invoice system) que começou em outubro, para dar apoio direto às empresas. Também sugere apoio à substituição para veículos elétricos (VEs) como um investimento na conservação de energia e nas energias renováveis.
Fez um apelo ao governo para implementar as contramedidas sugeridas, já que esse deverá decidir sobre o tema até o fim de outubro. Explicou que essas medidas econômicas custarão aproximadamente 7,6 biliões de ienes no total, mas em princípio serão financiadas através de fundos de contingência, em vez de dependerem de aumentos nas receitas fiscais.
Fontes: NHK, Nikkei, Sankei e JNN