A cobertura pelo seguro de saúde é limitada a indivíduos com certas condições (ilustrativa/banco de imagens)
Um novo tratamento para obesidade começará a ser coberto pelo seguro de saúde público na quarta-feira (22) – o primeiro em décadas – oferecendo uma expansão das opções de cuidados da saúde em meio a preocupações sobre o potencial uso indevido de tais medicamentos por indivíduos saudáveis para perda de peso.
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O Wegovy, fabricado pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, está se juntando à lista de preço de seguro de saúde nacional após ter ganhado aprovação regulatória para fabricação e vendas em março.
O medicamento – que contém o ingrediente ativo semaglutida – é um agonista do receptor GLP-1, que estimula o corpo a produzir mais insulina e reduzir os níveis de açúcar no sangue. Ele também induz uma sensação de estar saciado e reduz vontades, fatores que parecem dar a ele efeitos de supressão de apetite.
A cobertura pelo seguro de saúde é limitada a indivíduos com condições como pressão alta, hiperlipidemia e diabetes tipo 2 que não alcançaram resultados adequados através de dieta e exercícios. A elegibilidade exige IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou superior a 35 ou IMC igual ou superior a 27 com 2 ou mais problemas de saúde relacionados à obesidade.
O tratamento envolve injeções semanais autoadministradas, geralmente no abdômen, antebraço ou coxa. Pacotes mensais contêm quatro canetas injetoras, uma para cada semana.
Os preços do Wegovy serão escalonados com base na dosagem, variando de ¥1.876 por pacote por 0.25 miligramas a ¥10.740 por pacote para 2.4 miligramas.
O Wegovy, inicialmente designado para tratamento de obesidade nos EUA, tem visto uso expansivo para propósitos estéticos. Medicamentos similares enfrentam escassez globalmente, levantando preocupações sobre acesso limitado para aqueles que precisam dele para tratamento verdadeiro.
Associações médicas japonesas têm manifestado fortes preocupações, alertando sobre o uso inapropriado de medicamentos GLP-1 para propósitos estéticos e de dietas.
O aumento de clínicas que oferecem serviços não essenciais, geralmente rotulados como “dietas médicas”, é evidente, com medicamentos administrados a pessoas que não estão obesas e não têm diabetes tipo 2.
Fonte: Japan Times