A China anunciou no mês passado que restringirá exportações de grafite a partir de 1º de dezembro de 2023 (ilustrativa/banco de imagens)
Preocupações crescem entre companhias japonesas em relação à decisão da China de restringir exportações de grafite, um material fundamental usado na produção de baterias de íon-lítio.
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A China tem uma grande participação do mercado global de grafite. Ela anunciou no mês passado que restringirá exportações a partir de 1º de dezembro de 2023 para proteger sua segurança nacional e interesses econômicos.
A Fuji Graphite Works sediada em Tóquio importa o mineral da China para processá-lo e fornecê-lo a fabricantes.
Todos os grafites esferoidais que a empresa importa para produzir baterias de íon-lítio vêm da China.
A preocupação da Fuji Graphite é que os procedimentos de importação podem levar mais tempo após o início das restrições e isso pode afetar seu cronograma de produção.
Então, a empresa importou 1,5 vez a mais de grafite da China do que de costume em novembro para aumentar seus estoques.
A companhia diz que continuará a importar grafite da China, mas pode considerar aumentar os envios a partir da África.
Uma outra empresa japonesa, o Mitsubishi Chemical Group, está considerando obter grafite para baterias de íon-lítio da Austrália e de outros lugares para compensar qualquer escassez nos fornecimentos da China.
Uma especialista em políticas chinesas, Naoko Eto, diz que o motivo escondido de Pequim relacionado à restrição de grafite “é conscientizar o mundo sobre o risco de que se relações com a China se deteriorarem, o fluxo e grafite será suspenso”.
Ela diz que isso pode ser uma manobra da China para ganhar terreno com vendas globais de seus veículos elétricos.
Eto diz que é crucial para empresas japonesas diversificarem suas redes de fornecimento.
Fonte: NHK