O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida está considerando desistir de um plano de visitar o Brasil e outras nações na América Latina neste mês em meio a um escândalo político financeiro envolvendo a maior facção de seu partido, disse uma fonte do governo no domingo (31).
A ação ocorre enquanto Kishida, que também atua como líder do dominante Partido Liberal Democrático (PLD), precisa unir seus apoios políticos após alegações de que a facção criou centenas de milhões de ienes em fundos secretos nos últimos anos através de receitas não declaradas recebida de grupos de captação de fundos.
Era esperado que Kishida fizesse sua primeira visita à América Latina como primeiro-ministro em janeiro, enquanto Tóquio busca melhorar a cooperação com países em desenvolvimento e emergentes em lidar com problemas globais. A viagem duraria 10 dias.
Após o escândalo, Kishida, que já estaria enfrentando dificuldade com baixas taxas de aprovação do Gabinete, prometeu criar uma nova organização dentro do partido para pressionar reformas, como melhorar a transparência de fundos políticos.
Viajar para o exterior poderia colocar as negociações sobre reformas em espera e atrair críticas do público.
Em uma base voluntária, promotores vêm questionando legisladores veteranos do PLD suspeitos de ter papéis no escândalo financeiro, incluindo o ex-secretário-chefe do Gabinete, Hirokazu Matsuno, e o ex-ministro do Comércio, Yasutoshi Nishimura.
A facção do PLD que está sob controle pesado é aquela liderada anteriormente pelo falecido ex-primeiro-ministro Shinzo Abe.
Fonte: Japan Today