Violência do tsunami em duas cidades de Ishikawa

Jamais se deve subestimar um tsunami, achando que um de um metro de altura não causaria danos, pois as imagens mostram que a força é destruidora.

Uma das cenas do vídeo enviado pela telespectadora da NHK, residente em Noto

Passado o risco de tsunami de 1,2 metro de altura, começou a ficar clara a violência dele, especialmente nas cidades de Suzu e Noto (Ishikawa).

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Em Noto, uma pessoa enviou imagens para a NHK, gravadas na terça-feira (2), as quais mostram as casas danificadas e carbonizadas pelo incêndio, por causa do forte terremoto, depois assoladas pelo tsunami, destruindo-as. Os resíduos de madeira e sujeira que foram transportados pelo forte tsunami ficaram espalhados, impossibilitando a distinção entre as casas e a rodovia.

Segundo a mulher que gravou as imagens, logo após o terremoto ela estava se deslocando para um abrigo e a água do tsunami chegou às suas pernas.

Shopping center destruído pelo tsunami

Shopping center de Suzu praticamente destruído pela violência do tsunami (ANN)

Na cidade de Suzu, a violência não foi diferente. Um shopping center instalado na costa ficou parcialmente destruído, com as portas de vidro quebradas pelo tsunami, prateleiras derrubadas, perda de produtos, além de ter ficado inundada com água suja. As ondas do tsunami de 1,5 metro de altura espalharam os produtos pelo piso. Por isso, os funcionários se empenharam na limpeza, na quarta-feira (3).

Uma parte do quebra-mar dessa praia foi destruído pelo tsunami. Um carro que estava no estacionamento desse maior shopping center da cidade foi jogado pelo tsunami contra uma parede do estabelecimento.

Carro que estava no estacionamento foi jogado contra a parede do shopping center pela força do tsunami (ANN)

Segundo um porta-voz do shopping center, assim que ocorreu o forte terremoto, todos os clientes e funcionários foram evacuados a tempo da chegada do tsunami, por isso não houve nenhum ferido.

Em meio ao caos, a solidariedade fala mais alto. Os cup lámens, sucos e água mineral do estabelecimento foram carregados em uma camionete para serem distribuídos nas escolas e abrigos da cidade.

Camionete sendo carregada com produtos alimentícios do shopping praticamente destruído, para doação os abrigos e escolas (ANN)

Fontes: ANN e NHK

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Melhor usar óculos do que lentes de contato no abrigo, para reduzir riscos

Publicado em 3 de janeiro de 2024, em Informações

Com o desastre causado pelo terremoto, muitas pessoas que habitualmente usam lentes de contato e estão nos abrigos, devem usar óculos, diz um oftalmologista.

Óculos e lentes de contato (JNN)

Não são poucas as pessoas da população do Japão que usam lentes de contato por algum problema de visão. Elas correm alguns riscos no caso de uma catástrofe como a do Terremoto da Península de Noto no Ano Reiwa 6, quando necessitam ficar em um abrigo.

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O Chefe da Oftalmologia do Hospital de Tajimi da Província de Gifu, Yoshiyuki Usami, explica o motivo.

“Há um certo número de pessoas que usam lentes de contato e não possuem óculos. Há muitos motivos como podem ter quebrado, perdido ou porque não gostam e os jogam fora, mas não compram novos. Como há pessoas que necessitam ficar nos abrigos, gostaria de pedir que usem óculos, por causa dos perigos”, aponta.

Segundo o oftalmologista, se insistir em usar as lentes de contato e não os óculos, podem ocorrer os seguintes riscos:

  1. Se a sua condição ocular piorar durante o uso de lentes de contato, se você não tiver óculos, poderá ser forçado a continuar usando lentes de contato, o que pode causar sérios problemas oculares.
  2. No caso de um desastre, é claro que não há tempo para colocar as lentes de contato, portanto, se a visibilidade ficar ruim, poderá não conseguir ir ao local de abrigo satisfatoriamente e corre até risco de vida.   
  3. Se ficar em um abrigo por muito tempo, poderá ficar sem lentes de contato sobressalentes e viver sem óculos pode se tornar muito inconveniente.

O doutor Usami também recomenda que, se os usuários de lentes de contato forem afetados pelo desastre, devem mudar para óculos tanto quanto possível, independentemente de terem ou não lentes de contato sobressalentes. 

“Quando ocorre um desastre, torna-se difícil manter as condições sanitárias, tais como poeira e sujeira de detritos flutuando no ar e a incapacidade de lavar as mãos com água da torneira. Além disso, devido a situações de emergência, as pessoas podem não conseguir retirar as lentes de contato e acabam por usá-las durante dias a fio, ou podem não conseguir cuidar da higiene delas, ou podem ter de usá-las de uma maneira diferente do que normalmente fariam. Isso pode causar um fardo para os olhos, resultando em alguma doença ocular, o que é muito perigoso”, explica.

Durante um terremoto pode ocorrer corte no fornecimento de água, assim, as oportunidades de higienizar as mãos ficam reduzidas.

“Além dos óculos que usa normalmente, é importante manter um sobressalente na mochila de emergência, caso precise ir ao abrigo no caso de desastre”, recomenda o oftalmologista.

Fonte: JNN

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