A população da China passa por um segundo declínio anual consecutivo, diminuindo em mais de 2 milhões em 2023, de acordo com dados do governo divulgados na quarta-feira (17).
O Departamento Nacional de Estatísticas da China divulgou que a população total era de 1,409 bilhão até o fim de 2023, uma queda significativa de 2,08 milhões em 2022.
O declínio é duas vezes maior do que a diminuição do ano anterior de cerca de 850 mil, em si a primeira queda populacional em 60 anos na China.
A China também viu um aumento notável em sua taxa de mortes em 2023, alta de 6,6%, totalizando 11,1 milhões, a taxa de óbitos mais alta nos 50 anos desde a era da Revolução Cultural de Mao Zedong.
O número de nascimentos diminuiu pelo 7º ano consecutivo, com cerca de 9 milhões de bebês nascidos em 2023, metade do número em 2016
A China vivenciou uma taxa de nascimentos em declínio por décadas, começando com a controversa política de único filho nos anos 1980 que era designada a endereçar a superpopulação.
O governo suspendeu a política em 2015 em uma tentativa de endereçar o declínio populacional e, desde então, introduziu vários incentivos incluindo subsídios e pagamentos em dinheiro para encorajar as pessoas a terem mais filhos.
Em 2021, o governo relaxou ainda mais as restrições, permitindo que casais tivessem até 3 filhos.
Entretanto, parece que foi tarde demais, com a população começando a diminuir mais rápido do que o esperado.
Especialistas alertam que isso poderia causar graves repercussões para a economia, reduzindo crescimento e encolhendo a mão de obra enquanto diminui a demanda no meio imobiliário.
Fonte: The Independent