Mulheres japonesas estão cada vez mais tendo a entrada negada nos EUA, com uma crescente conscientização entre oficiais do controle de fronteiras sobre agentes pré-arranjando empregos no lucrativo comércio de acompanhantes.
“Temos visto um aumento acentuado em consultas por parte de pessoas que tiveram entrada negada devido à suspeita de prostituição”, citou Tomoyo Sato, escrivã administrativa com conhecimento de vistos para os EUA.
Em março de 2023, Haruka Funaki, de 37 anos, e outros, foram acusados de enviar mensagens através do app Line a uma japonesa na faixa dos 30 anos convidando-a para atuar na prostituição em Las Vegas, violando a Lei de Segurança de Emprego.
De acordo com a Polícia de Tóquio, Funaki estava envolvida em recrutar a mulher, com Keiko Tsuzaki atuando como coordenadora em Las Vegas, organizando detalhes de emprego, e Hiroshi Katagiri fornecendo serviços de interpretação no local.
A mulher entrou nos EUA em maio de 2023, sob o pretexto de turismo e se engajou em prostituição com estrangeiros. Após enfrentar problemas com clientes e intermediários, ela buscou ajuda da polícia local, levando à exposição do esquema.
Tsuzaki e Katagiri admitiram as acusações, enquanto Funaki nega, afirmando que “Enquanto eu recrutava não acreditava que o trabalho envolvia prostituição”.
Plataformas de mídia social estão carregadas de posts promovendo prostituição com tags como “Ganhe nos EUA”, “Mais de ¥150 mil por dia” e “Tenha em mente ¥300 mil diariamente”, usando palavras em código como “Ave” (average, média em português) para sugerir ganhos significativos.
Chiwawa Sasaki, uma escritora, ajuda a explicar esse fenômeno, afirmando, “A razão para ir ao exterior é simples: o potencial de ganhar mais”.
Há “agentes” ou “olheiros” que apresentam mulheres a essas oportunidades lucrativas fora do país. Algumas mulheres chegam a ganhar mais de ¥10 milhões por mês”.
Fonte: News on Japan