Empresas no Japão se preparam para escassez de caminhoneiros neste ano

Com início em abril, novos regulamentos endurecerão as regras sobre horas extras de motoristas de caminhão.

Muitas das companhias estão focando em melhorar a eficiência de logística (banco de imagens)

Empresas no Japão estão correndo contra o tempo a fim de se preparar para a possibilidade de uma escassez severa de caminhoneiros neste ano.

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Com início em abril, novos regulamentos endurecerão as regras sobre horas extras de motoristas de caminhão.

A rede NHK fez uma pesquisa com 100 grandes empresas para verificar as preparações. Ela mostra que cerca de 80% delas têm medidas sendo preparadas ou em vigor para lidar com a as mudanças de regras.

A pesquisa foi realizada em dezembro e janeiro. Sessenta e seis empresas disseram que já haviam adotado medidas para lidar com o problema, enquanto 13 planejam fazer isso.

Seis disseram que não têm planos do tipo. Quinze não responderam.

Muitas das companhias estão focando em melhorar a eficiência de logística. Cinquenta e cinco disseram que haviam revisado rotas de envio e cronogramas. Trinta e oito citaram transporte conjunto com outras empresas.

Dentre outras medidas, trinta e sete planejam mudar para o transporte marítimo, ferroviário e aéreo, enquanto 20 estavam optando por passar os custos de logística mais altos aos seus produtos e serviços.

Fonte: NHK

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Visto permanente: governo considera mudar a lei para permitir a revogação

Publicado em 6 de fevereiro de 2024, em Sociedade

O governo quer apresentar um projeto para mudar a lei para que possa revogar o visto de residente permanente caso o estrangeiro não cumpra certas condições.

Status de residente permanente ou visto permanente no Zairyu Card (PM)

O visto de residente permanente ou simplesmente visto permanente no Japão, o qual facilita a vida do residente estrangeiro com esse status, como o financiamento da casa própria, por exemplo, pode não ser um direito adquirido. Ou seja, é se cumprir com as obrigações como cidadão.

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O governo do Japão começou a considerar a possibilidade de alterar a lei para que possa revogar o visto permanente (永住権, lê-se eijuken) do residente estrangeiro caso não cumpra certas condições como o pagamento em dia dos impostos e também do seguro social, tanto o shakai hoken quanto o kokumin kenko hoken e aposentadoria.

Por falta de mão de obra, o governo continua com a política de ampliar o recebimento dos estrangeiros, mas pretende reforçar a resposta aos casos de incumprimento das obrigações e otimizar a residência permanente.

O visto de residente permanente é um status que não restringe o período de permanência ou a área de trabalho. Os cidadãos estrangeiros que residem no Japão há bastante tempo podem solicitá-lo na Agência dos Serviços de Imigração, vinculado ao Ministério da Justiça.

O número de pessoas que obtiveram o visto permanente tem aumentado desde a década de 2000 e, no final de junho de 2023, havia aproximadamente 880 mil estrangeiros, representando aproximadamente 27%. Mas, a taxa aumenta quando se trata de brasileiros, peruanos e filipinos.  

A Lei de Controle de Imigração e Refugiados estipula alguns requisitos para a obtenção desse visto, entre eles o bom comportamento ou o histórico limpo (sem condenação), que comprove ter emprego para se sustentar e mais de 5 anos consecutivos de residência no país, no caso de quem tem o visto de residente de longo prazo (定住者, teijusha). Além disso, precisa apresentar os documentos que comprovem que está com o pagamento dos impostos e obrigações públicas em dia.

Por outro lado, atualmente os requisitos para a revogação da residência permanente limitam-se aos casos em que a autorização foi obtida com informações ou meios falsos ou em que foi apresentada declaração falsa de moradia. 

Os governos locais têm apelado à implementação de regras devido às preocupações com o aumento dos encargos financeiros tais como o não pagamento de impostos e também do seguro social, incluindo a aposentadoria. No entanto, isso vai na contramão dos especialistas que enfatizam a proteção dos direitos humanos.

Fontes: Shinmai e Asahi

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