Paul Alexander, que viveu grande parte da sua vida em um pulmão de ferro depois de contrair poliomielite quando criança, morreu aos 78 anos após diagnóstico de Covid.
O residente do Texas, nos EUA, ficou paralisado do pescoço para baixo aos 6 anos devido à doença e continuou a se tornar uma figura inspiradora, graduando-se em uma escola de direito, escrevendo um livro de memórias e pintando com auxílio de um pincel que ele segurava com a boca.
Em uma atualização de uma página de arrecadação de fundos que foi criada para custear suas contas médicas e acomodação, o organizador Christopher Ulmer anunciou: “Paul Alexander, o homem do pulmão de ferro, morreu ontem, 12 de março”.
“Sobrevivente da poliomielite quando criança, ele viveu mais de 70 anos dentro de um pulmão de ferro. Em vida, Paul foi para a faculdade, se tornou advogado e autor de publicações. Sua história viajou o mundo, influenciando positivamente pessoas em todo o globo. Ele era um exemplo incrível que continuará a ser lembrado”.
O anúncio citou o irmão de Alexander, Philip, o qual disse que o dinheiro já levantado seria usado para pagar as despesas de funeral.
Enquanto Alexander tenha passado grande parte de sua vida no respirador mecânico – que usava pressão para bombear ar artificialmente para seus pulmões – ele não estava completamente confinado a ele.
Alexander aprendeu a respirar ao engolir ar e forçá-lo garganta abaixo, permitindo que ele representasse clientes no tribunal, viajasse de avião e participasse de protestos de direitos de deficientes.
Entretanto, em seus últimos anos de vida, Alexander estava praticamente confinado à máquina de 300Kg.
Pulmões de ferro salvaram milhares de crianças durante a epidemia de poliomielite, mas eram destinados apenas para serem usados por períodos curtos.
Assim que vacinas foram administradas no fim dos anos 1950, eles desapareceram amplamente e outros dispositivos de respiração que eram inseridos diretamente na garganta se tornaram comuns.
Alexander disse que preferia não passar por cirurgia invasiva e continuou a viver no pulmão de ferro, tornando uma das últimas pessoas no mundo a fazer isso. Os médicos não esperavam que ele viveria por tanto tempo.
Fonte: The Guardian