Funcionários municipais em Tajimi (Gifu) anunciaram um plano para começar a extrair e vender metais preciosos de restos humanos cremados com início no próximo ano fiscal.
Essa iniciativa, anunciada no mês passado, é um esforço para levantar os cofres do governo.
Tajimi está entre um crescente número de municípios que estão implementando iniciativas similares, com alguns gerando lucros de vendas anuais que excedem ¥200 milhões (US$1,28 milhão).
Entretanto, outros municípios continuam hesitantes em adotar essa abordagem devido a considerações éticas.
Tipicamente, famílias enlutadas coletam uma pequena porção dos restos mortais cremados de seus entes queridos.
As cinzas não coletadas podem conter ouro, prata, paládio e outros metais preciosos de dentes, juntas artificiais e dispositivos médicos implantados.
Apesar de certa crítica, Tajimi decidiu proceder com o plano para extrair e vender esses metais de restos humanos cremados.
A decisão foi tomada após uma pesquisa conduzida em fevereiro, a qual revelou que 95% dos 562 cidadãos selecionados aleatoriamente eram ou a favor ou de alguma maneira a favor da iniciativa.
Tajimi vai incumbir refinadoras de metais para extrair metais preciosos de cinzas não coletadas. A cidade vai então leiloar os metais extraídos.
Os lucros de vendas estimados de ¥10 milhões serão usados para cobrir custos de manutenção para fornos e outros equipamentos no crematório municipal.
Asahikawa (Hokkaido) também avançou com a iniciativa neste ano fiscal, esperando gerar ¥4 milhões anualmente em lucros.
Nagoia (Aichi), que vem recuperando metais preciosos de restos mortais cremados desde 1986, introduziu um sistema de leilão há 4 anos.
Por outro lado, alguns municípios continuam hesitantes sobre monetizar com os restos cremados.
Shizuoka (província homônima), por exemplo, decidiu contra vender restos humanos cremados, apesar de considerar isso uma opção.
“Acreditamos que também é uma questão de cultura regional”, disse um funcionário municipal. “Mas decidimos priorizar os sentimentos das famílias enlutadas”.
Fonte: Asahi