A economia japonesa encolheu a uma taxa anual de 1,8% no primeiro trimestre deste ano, ligeiramente melhor do que a estimativa inicial de uma contração de 2%, de acordo com dados revisados do governo divulgados na segunda-feira (10).
A revisão ocorreu devido a investimentos no setor privado.
O Produto Interno Bruto (PIB) real ajustado sazonalmente, uma medida de valor de produtos e serviços de uma nação, continuou em território negativo, visto que exportações e consumo diminuíram ante o trimestre anterior.
Trimestre a trimestre, a economia diminuiu 0,5% no período de janeiro a março, de acordo com o Escritório do Gabinete, inalterada dos resultados do mês passado.
O crescimento salarial tem sido lento, e preços em importações aumentaram em meio a um declínio do iene contra o dólar americano.
O dólar tem sido cotado a cerca de ¥157 ultimamente, alta dos ¥140 há 1 ano.
Desvalorização do iene, importações caras, gastos lentos do consumidor, escândalo de montadoras
O iene desvalorizado tem auge do turismo. Mas isso torna as importações mais caras, um ponto sensível para uma nação que traz de fora quase toda sua energia.
Gastos lentos do consumidor também têm sido um impedimento na economia. O consumo privado conta por metade da atividade econômica japonesa.
Um outro ponto negativo é o escândalo em curso envolvendo testes impróprios de veículos em 7 principais montadoras, incluindo a Toyota, a qual forma o pilar do poder de marca do Japão. A produção de alguns modelos foi suspensa.
Investidores também estão observando de perto a próxima ação do Banco Central do Japão, cujo conselho de política monetária se encontra nesta semana. O banco central elevou taxas de juros no início deste ano pela primeira vez desde 2007, mas apenas a uma faixa de 0, de -0,1% para 0,1%.
É esperado que o PIB do Japão caia para o 5º em magnitude após os EUA, China, Alemanha e Índia no próximo ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte: AP News