Os preços do arroz, alimento que não pode faltar à mesa, estão subindo. “Ouvi de nossos fornecedores que eles não têm arroz. É claro que no nosso negócio o arroz é fundamental, por isso pedimos que tragam mais, mas ainda há muita pressão para aumentar os preços. O preço para o atacado deverá subir 10% ou mais, ouvi dizer”, explicou o dono da matriz do Hiro Sushi, próximo à estação de Nagoia (Aichi).
Se o movimento das suas casas aumentou, em mais de 10% comparado à época antes da pandemia, agora a sua luta é com a escassez e os preços do arroz. Esse aumento de clientes se deve aos turistas estrangeiros.
“O preço de compra do arroz costuma ficar um pouco mais barato antes do verão. A principal razão é que há excedente desse cereal. No entanto, em 2024, ocorre o oposto, e não creio que tenha havido uma situação nos últimos anos onde há uma escassez total de arroz”, explicou Koichi Nakamura, um atacadista desse cereal.
De acordo com os resultados de uma pesquisa elaborada por uma organização formada por pequenos varejistas de arroz em todo o país, 85% deles responderam que estavam tendo dificuldades para comprar arroz.
“O arroz Koshihikari vai ter um pouco de aumento de preços a partir de julho, em torno de 10%”, disse Nakamura.
Quase o dobro do preço
Atualmente, o preço de mercado do arroz distribuído no Japão continua a subir. De acordo com o Banco de Dados de Grãos de Arroz, no final de maio de 2023, a variedade popular Koshihikari de Niigata custava 14,2 mil ienes (1.ª linha). Mas, no mesmo ano, a qualidade caiu para a 2.ª linha, por causa do calor intenso, só que continuou com o mesmo preço. Em maio deste ano, o preço saltou para 26,8 mil ienes. Tendências semelhantes são observadas em outras áreas de produção do arroz e também para outras variedades.
“É difícil explicar exatamente por que houve uma alta acentuada em maio, mas uma coisa que posso dizer é que a entressafra (safra) está se aproximando e os estoques dos distribuidores estão cada vez mais apertados”, analisou o professor Associado da Universidade de Ibaraki, Kunio Nishikawa, especialista em arroz.
Como enfrentar a escassez do arroz
No entanto, o especialista acredita que não ocorrerá o mesmo que em 1993, quando o Japão teve que importar arroz da Tailândia.
Ao contrário, “podemos esperar que os preços diminuam depois de setembro (época da colheita) e, se persistir a mudança no plantio, poderá continuar (a escassez com preços elevados)”, disse. “Teremos que descobrir como superar isso em julho, agosto e setembro”, pontuou o professor.
Fonte: TV Aichi