O caso foi publicado na edição de maio de 2024 do Jornal Americano de Relatos de Casos de Médicos (ilustrativa/banco de imagens)
Um homem na Flórida, nos EUA, que estava comendo em um restaurante com sua esposa espirrou recentemente tão forte que isso fez com que parte de seu intestino saísse de seu corpo através de uma ferida cirúrgica, de acordo com pesquisadores.
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O caso, publicado na edição de maio de 2024 do Jornal Americano de Relatos de Casos de Médicos, descreve o homem não identificado de 63 anos com um histórico de câncer de próstata.
Durante tratamentos para uma recorrência pós-câncer, ele se deparou com várias complicações de saúde, e passou por uma cistectomia, um procedimento para remover sua bexiga, 15 dias antes do incidente no restaurante, deixando-o com uma ferida cirúrgica em cicatrização no seu abdômen.
Na manhã do espirro, os médicos do homem relataram que ele estava se recuperando bem e poderia remover os grampos que mantinham a ferida fechada.
Ele e sua esposa saíram para tomar café da manhã no restaurante para celebrar.
“Durante o café da manhã, o homem espirrou com tanta força e em seguida tossiu. Ele teve imediatamente uma sensação de ‘molhado’ e dor na parte inferior do abdômen. Olhando para baixo, ele viu várias partes do intestino saindo do local da cirurgia”, escreveram os pesquisadores.
Chocado, o homem cobriu a protuberância com sua camiseta e considerou ir dirigindo até o hospital, mas temeu que mudar de posição pioraria a situação e chamou uma ambulância.
“Três cirurgiões urológicos moveram cuidadosamente o intestino eviscerado para trás de volta à cavidade abdominal”, continua o estudo. “Eles verificaram o tamanho completo do intestino delgado e não detectaram evidência de lesão”.
O jornal cita que o caso é importante porque preenche a lacuna na literatura sobre deiscência, a abertura espontânea dos pontos cirúrgicos ou da cicatriz ao longo de sua linha de incisão cirúrgica.
“Enquanto a deiscência é uma complicação bem conhecida, esse caso é importante porque a evisceração através do local cirúrgico abdominal após cistectomia é mal descrito na literatura médica”, conclui o artigo.
Fonte: The Independent