Para fornecer suporte aos residentes estrangeiros quando da ocorrência de um desastre, a cidade de Aikawa (Kanagawa), apresentou no domingo (7) uma Brigada de Incêndio Funcional e Multilíngue composta por 7 pessoas que possam atuar também como intérpretes.
Além de fornecer orientação e apoio sobre evacuação e também às pessoas que estão nos abrigos, a brigada também participa de treinamentos e eventos da cidade.
A Brigada de Incêndio Funcional e Multilíngue é uma organização que atua utilizando suas habilidades e características, ao contrário de um grupo de brigadistas de incêndio em geral. Os membros são 2 brasileiros, 2 filipinos (tagalog e inglês), cambojano, vietnamita e peruana.
A cidade de Aikawa abriga um grande parque industrial e tem 3,5 mil residentes estrangeiros de mais de 45 países e regiões, representando quase 9% da população da cidade. A cidade posiciona a criação dessa brigada como “a construção de uma nova capacidade local de prevenção de desastres numa sociedade multicultural” e espera torná-la um caso de modelo para todo o país.
Na cerimônia de largada no domingo, Kazuhiko Kojima, chefe do Corpo de Bombeiros da cidade, distribuiu diplomas de nomeação, além de bonés e jaquetas.
No dia do Grande Terremoto no Leste do Japão em 2011, Júlia Mayumi Yamashita, 54 anos, brasileira e líder da brigada, estava visitando uma escola primária com os alunos do jardim de infância brasileiros para quem ensinava japonês. As crianças japonesas responderam com calma ao tremor repentino, mas os alunos do jardim de infância supostamente entraram em pânico. “Quero transmitir informações às pessoas de outros países e ajudar uns aos outros junto com os japoneses quando estão em apuros”, declarou.
Norma Yamashiro, 45 anos, peruana, muitas vezes vê moradores das redondezas incapazes de ler o japonês nos avisos comunitários circulares e apenas os passam para frente. “Estando na brigada quero ensinar-lhes o que não entendem”, disse.
Fonte: Asahi Shimbun