O principal órgão de saúde pública da África declarou o que ela denominou uma “emergência de saúde pública de segurança continental” na terça-feira (13) por um surto de mpox que se espalhou da República Democrática do Congo (RDC) para países vizinhos.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC) avisou na semana passada sobre uma taxa alarmante de propagação da infecção viral, que é transmitida através de contato próximo e causa sintomas como os de influenza e lesões com pus.
A maioria dos casos é leve, mas a doença pode matar.
O surto na RDC começou com a propagação de uma cepa endêmica, conhecida como clado I.
Entretanto, a nova variante conhecida como clado lb parece se espalhar com mais facilidade através de contato próximo rotineiro, particularmente entre crianças.
O diretor-geral do Africa CDC, Jean Kaseya, disse que o continente precisa de mais de 10 milhões de doses de vacina, mas que apenas 200 mil estão disponíveis.
O órgão de saúde disse que mais de 15 mil casos de mpox e 461 mortes foram registrados no continente até agora neste ano, representando um aumento de 160% em comparação ao mesmo período do ano passado. Um total de 18 países reportou casos.
A mpox é endêmica em partes da África há décadas após ter sido detectada pela primeira vez em humanos na RDC no ano de 1970.
Uma versão mais leve do vírus se espalhou para mais de uma centena de países em 2022, amplamente através de contato sexual, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, seu nível de alerta mais alto.
A OMS encerrou a emergência 10 meses depois, dizendo que a crise de saúde havia sido controlada.
O chefe da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, prometeu convocar um comitê de emergência para discutir se o surto da RDC representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.
Fonte: Channel News Asia