Essa colaboração entre as duas empresas, Yamato e Correios, que agiliza o serviço, pode acabar.
Foto de um Yamato Yuu Pack, pacote mais fino para entrega (reprodução)
Soube-se na sexta-feira (13) que a Yamato Transport solicitou aos Correios do Japão a suspensão da terceirização do serviço Kuroneko Yuu Packet. As duas empresas iniciaram essa parceria em junho do ano passado, mas o futuro da colaboração não está claro.
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A Yamato paga uma comissão aos Correios desde fevereiro deste ano, para execução desse serviço de entrega.
Por outro lado, os Correios começaram a consignar os pacotes finos (de até 3 cm de altura e até 1 kg de peso) desde outubro do ano passado e estava programado para encerrar em março do próximo ano.
Segundo os envolvidos, o que as duas empresas discutem é a terceirização das entregas relacionadas ao Kuroneko Yuu Pack. A Yamato solicitou a suspensão do contrato entre janeiro de 2025 e março de 2026.
Em algumas regiões onde começaram essa consignação, alega-se que as entregas estão demorando mais do que antes. Por outro lado, os Correios, que esperavam aumentar os seus lucros aumentando o número de encomendas que podem entregar utilizando as motos e ciclomotores, opõem-se à medida, dizendo que viola o acordo.
“A Yamato solicitou uma revisão e ambas as empresas estão em discussões”, informaram os Correios, enquanto a outra parte disse que “nos abstemos de comentar”.
A razão por trás da abordagem da Yamato é a deterioração do seu desempenho empresarial. A Yamato Holdings, empresa controladora da transportadora, caiu no vermelho pela primeira vez em 5 anos em seus lucros e perdas finais para o período intermediário de setembro de 2024. Embora o crescimento das vendas online tenha desacelerado, os custos trabalhistas e logísticos aumentaram, fazendo com que as taxas de terceirização para os Correios do Japão passassem a ser um fardo.
A parceria entre as duas grandes empresas começou com o problema logístico de 2024, que veria regulamentações de horas extras mais rigorosas para os caminhoneiros, mas agora é possível que o acordo tenha que ser revisto apenas um ano e meio após a assinatura.
Fonte: Yomiuri