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Hotel no Japão força turista a assinar declaração de 'crimes de guerra'

| Sociedade

Hotel em Quioto exigiu que turista israelense assinasse declaração negando crimes de guerra. Embaixador israelense protestou, considerando a exigência inaceitável. Caso reacende debate sobre conflitos e justiça internacional.

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hotel recepcao 29 abr 2025 destaque

Turista israelense é obrigado a assinar termo sobre crimes de guerra em hotel japonês (ilustrativa/banco de imagens)

Um hotel em Quioto solicitou que um turista israelense assinasse uma declaração afirmando que não cometeu crimes de guerra durante seu serviço militar, como condição para realizar o check-in, conforme reportado pelo Ynetnews no sábado (26).

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O turista relatou que o incidente ocorreu após apresentar seu passaporte israelense na recepção. “O atendente me entregou este formulário e disse que, sem assiná-lo, eu não poderia me hospedar”, afirmou o homem, que serviu como médico de combate na reserva da Marinha.

De acordo com o turista, o formulário exigia que ele declarasse não ter cometido crimes de guerra, incluindo estupro, assassinato de indivíduos que se renderam ou ataques a civis.

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Inicialmente, o turista israelense recusou-se a assinar o formulário, mas acabou assinando após ser informado pelo funcionário do hotel que todos os hóspedes israelenses e russos eram obrigados a fazê-lo.

“Nunca estive envolvido em quaisquer crimes de guerra em violação ao direito internacional e humanitário, incluindo, mas não se limitando a ataques a civis (crianças, mulheres, etc.), assassinato ou maus-tratos àqueles que se renderam ou foram capturados como prisioneiros de guerra, tortura ou tratamento desumano, violência sexual, deslocamento forçado ou pilhagem, e outros atos abrangidos pelo Artigo 8 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI)”, dizia o formulário.

“Nunca planejei, ordenei, apoiei, incitei crimes de guerra, nem participei de tais atos. Comprometo-me a continuar a cumprir o direito internacional e humanitário e a nunca me envolver em crimes de guerra de qualquer forma,” declarava o documento.

Após o incidente, o embaixador de Israel no Japão, Gilad Cohen, enviou uma carta ao governador de Quioto, Takatoshi Nishiwaki, afirmando que a situação era inaceitável.

O gerente do hotel disse ao Ynetnews que exigir a declaração era apropriado. “Para nós, a guerra é algo distante e nunca encontramos pessoas que matam mulheres e crianças e bombardeiam escolas”, afirmou.

Um incidente similar ocorreu em outro hotel em Quioto em junho do ano passado.

Israel enfrenta um processo de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça devido às suas ações militares em Gaza, onde matou mais de 50.000 pessoas desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Paralelamente, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.

Fonte: AA


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