
Netflix cita disputa fiscal no Brasil como causa para não atingir as metas de lucro no último trimestre (imagem ilustrativa/PM)
A Netflix não conseguiu atingir as metas de lucro estabelecidas por analistas do mercado durante o último trimestre, um desapontamento que a empresa atribuiu a uma disputa fiscal no Brasil.
Os resultados anunciados na terça-feira (21) quebraram a sequência de seis trimestres da Netflix superando as projeções dos analistas.
A empresa sediada em Los Gatos, na Califórnia, nos EUA, citou uma despesa inesperada de ¥619 milhões ligada à disputa fiscal brasileira para a queda nos lucros, mas elogiou sua variedade de séries e filmes distintos que mantiveram o público engajado e ajudaram a reduzir o impacto, com uma combinação de taxas de assinantes e aumento nas vendas de anúncios que mantiveram a receita alinhada com as previsões dos analistas.
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Entretanto, os investidores não ficaram convencidos pela explicação, uma vez que as ações da Netflix caíram cerca de 5% nas negociações após o expediente, após a divulgação dos números.
No trimestre de julho a setembro, a Netflix lucrou ¥2,5 bilhões, ou ¥5,87 por ação, um aumento de 8% em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita subiu 17% em relação ao ano anterior, atingindo ¥11,5 bilhões.
Analistas consultados pela FactSet Research previram que a empresa californiana ganharia ¥6,96 por ação com uma receita de ¥11,5 bilhões.
Oferecer um crescimento financeiro sólido tornou-se mais importante do que nunca para a Netflix, conforme a administração redirecionou os investidores a não se fixarem no número de assinantes que o serviço ganha de um trimestre para o outro.
Como parte desse processo, a Netflix parou de divulgar seu número de assinantes no final do ano passado.
Essa mudança tem dado resultado até agora, com o preço das ações da Netflix subindo cerca de 40% neste ano, embora a queda nas negociações fora do horário sinalize que alguns desses ganhos estão prestes a evaporar.
Embora a Netflix não revele mais números específicos, o crescimento da receita deste ano indica que a contagem global de assinantes aumentou em relação aos cerca de 302 milhões que tinha no final do ano passado – de longe, a maior entre os serviços de streaming de vídeo, mesmo enquanto rivais com maiores recursos como Amazon e Apple expandem suas seleções de programação.
Fonte: JT







