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Pobreza energética e racismo ambiental: o que significam e por que são urgentes

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O que são pobreza energética e racismo ambiental? Entenda o significado e a relevância desses termos-chave impulsionados pelas discussões da COP30.

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Konishi Sangyo - Empregos no Japão
pobreza energética

Moradias simples, de periferia (PM)

Com a realização da COP30 em Belém (PA), as discussões sobre a pobreza energética e o racismo ambiental ganharam destaque na agenda de ambientalistas e defensores climáticos.

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Para compreender o que são e como afetam a população, este artigo, apresenta as definições e os principais debates em torno das soluções propostas no Brasil e em outros países em desenvolvimento.

Pobreza energética

Define-se como a falta de acesso a serviços energéticos essenciais e modernos ou a incapacidade de arcar com os custos, o que impacta diretamente a qualidade de vida e o bem-estar das famílias. 

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Ainda, na pobreza energética, se inclui não ter acesso a serviços como aquecimento, ar-condicionado, chuveiro elétrico, ventilador, água quente, iluminação e energia para eletrodomésticos, ou gastar uma parcela excessiva da renda familiar para arcar com esses custos. 

As causas são a infraestrutura precária nos países, altos custos energéticos, falta de políticas públicas e dependência de fontes não modernas, como uso de lenha para cozinhar, o que afeta a saúde e o tempo de quem a coleta.

Para combater a pobreza energética

pobreza energetica e racismo ambiental significados destaque 2

Foto ilustrativa de fogão a lenha em ambiente simples, inalando fumaça (Gilmer Diaz Estela/Pexels)

Embora seja um problema menos evidente em nações desenvolvidas como o Japão, em países com altos índices de desigualdade e pobreza, o desafio é duplo: garantir a universalização do acesso à rede e assegurar a capacidade de pagamento para as famílias de baixa renda.

E mesmo que tenham, muitos não podem pagar por ela. Por isso, há necessidade de garantir descontos para essas famílias de baixa renda.

Paralelamente, seria interessante que os governos investissem em energias renováveis para amenizar ou combater a pobreza energética, tornando-as mais acessíveis. Também é preciso fazer um trabalho de educação para promover o uso consciente e eficiente da energia. 

Racismo ambiental

O termo racismo ambiental foi cunhado na década de 1980 pelo ativista americano de direitos civis Benjamin Franklin Chavis Jr.. Nessa ocasião, ele o usou para descrever a situação em que comunidades majoritariamente negras eram desproporcionalmente expostas à degradação ambiental e a resíduos tóxicos. Com a COP30, a questão foi levantada e defendida pelos ambientalistas e defensores das minorias.

O racismo ambiental nos dias atuais é a injustiça que ocorre quando populações minoritárias, como negras, indígenas e de baixa renda, são desproporcionalmente afetadas por problemas ambientais e injustiças sociais.

São as que mais sofrem com a poluição, a falta de saneamento básico, moradias em áreas de risco e os impactos de desastres ambientais, como enchentes e deslizamentos.

Isso acontece tanto no Brasil como em outros países onde há pobreza e marginalização das comunidades, que vivem em áreas que não têm saneamento básico ou próximas a grandes lixões.

Como as famílias são afetadas

pobreza energetica e racismo ambiental significados destaque 1

Deslizamento no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Tais comunidades são mais suscetíveis a eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, enchentes, deslizamentos de terra e ondas de calor. Isso ocorre porque frequentemente suas moradias estão localizadas em áreas de risco, como encostas ou margens de rios.

O termo destaca que os impactos ambientais não afetam a todos igualmente, mas são distribuídos de forma desigual, fazendo com que os grupos mais vulneráveis e historicamente oprimidos sofram mais.

De acordo com a pensadora negra brasileira Tania Pacheco, “o Racismo Ambiental é constituído por injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre etnias e populações mais vulneráveis”. 

A luta contra o racismo ambiental e pobreza energética envolve a defesa dos direitos humanos e ambientais e a valorização do conhecimento e da experiência das comunidades afetadas.

Para combater essa forma de injustiça social, é necessário que a sociedade como um todo reconheça o problema e tome medidas para combatê-lo.

Fontes: Governo do Brasil, Fundo Brasil e Idec


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