Segundo estatísticas do Departamento de Polícia (NPA, sigla em inglês), 320 estudantes se suicidaram em 2016. Dentre eles, 12 eram Shogakusei (estudante do primário), 93 eram Chugakusei (estudantes do ginásio) e 215 eram Koukousei (estudantes do colegial). Dois terços eram meninos.
O número geral de suicídios foi de 21.897 em 2016. Desde o pico de 34.427 ocorrências em 2003, os casos estão diminuindo a cada ano, mas os números continuam preocupantes. Acredita-se que os postos de atendimento e consulta instalados em cada município baseados na “lei básica de combate ao suicídio” aplicada em 2006 estejam ajudando na melhoria da situação.
Entretanto, nestes últimos 10 anos, os suicídios entre crianças e estudantes vêm se mantendo na faixa de 300 casos. Há anos em que esses casos ultrapassam a casa dos 350.
Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar (MHLW, sigla em inglês), o suicídio é a principal causa de morte entre os jovens de 15 a 19 anos e a segunda maior causa entre os adolescentes de 10 a 14 anos.
As estatísticas apresentadas pela NPA também analisaram os principais motivos dos suicídios entre os estudantes. O “mau desempenho escolar” representa a maior porcentagem, com 36.3%. “Problemas na relação dos pais” e outros problemas familiares correspondem a 23.4% dos casos. Em seguida, o terceiro motivo foi a “depressão” (19.7%). Dentre os problemas escolares, motivos como “ijime” (bullying) representaram apenas 1.9% dos casos (6).
Yoshitomo Takahashi, professor da Universidade de Tsukuba (psiquiatria) e especialista em prevenção a suicídio, comentou: “O suicídio de crianças ocorre por motivos que surgem na escola, como ‘ijime’ ou amizades, ou por problemas familiares ou até doenças mentais e outros diversos motivos que aumentam o risco de suicídio. A partir disso, alguma circunstância se torna o ‘gatilho’. O ijime é um dos principais problemas, mas as prevenções contra ijime são insuficientes”.
Fonte: Asahi Shimbun