O Ministério da Saúde emitiu um aviso oficial sobre o número crescente de infecções por Anisakis (アニサキス), associadas ao consumo de peixe cru ou mal cozido.
As larvas do parasita de cor branca em formato de cordão têm cerca de 5mm de largura e até 3cm de comprimento. Elas são geralmente encontradas em espécies como cavalinha (saba), salmão, sanma, sardinha e lula.
De acordo com o ministério, o número relatado de infecções por Anisakis aumentou de 79 em 2013 para 126 em 2016. Houve somente quatro casos em 2004.
Normalmente os sintomas incluem fortes dores abdominais, náusea, vômito, febre baixa e podem se desenvolver dentro de 1 hora a 2 semanas após consumir o peixe infectado. Aqueles que sentirem muita dor abdominal devem procurar atendimento médico e se for constatada a infecção por Anisakis, o parasita é retirado com o uso de endoscópio.
De acordo com um estudo de 2008 publicado no jornal americano Clinical Microbiology Reviews, o Anisakis também pode induzir reações alérgicas e hipersensibilidade imunológica.
O ministério pede aos consumidores que mantenham o peixe congelado a uma temperatura abaixo dos 20 graus por pelo menos 1 dia, ou aqueça-o por 1 minuto em temperaturas que excedam 60 graus, o que deve matar as larvas.
Keiko Saito, agente do ministério, pede aos consumidores que verifiquem cuidadosamente os frutos do mar antes de comprá-los ou consumi-los.
“Sugerimos aos consumidores que compram o peixe cru inteiro que removam os órgãos internos, onde as larvas geralmente se encontram”, disse Saito. “É provável que haja várias delas nos intestinos”.
Hiromu Sugiyama, agente do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, disse que cada vez mais frutos do mar sendo transportados crus ao invés de congelados podem ser a causa do aumento acentuado no número de infecções.
Fonte: Japan Times Imagem: NHK