Em uma entrevista da Asahi Shimbun com os diretores e vice-diretores das escolas de ensino médio de tempo integral de Tóquio (173), foi confirmado que 57% das escolas (98) exigem o “certificado de cabelo natural”. Pelo menos 19 escolas também pedem fotos da época do “chuugakou” (ginásio) ou da infância.
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O formato e o título do documento mudam de acordo com a escola, mas a maioria funciona com a assinatura dos pais sobre a “veracidade” da cor dos cabelos dos alunos. Nas seções de instruções para os pais e responsáveis, antes da cerimônia de graduação, as escolas explicam que há a possibilidade do documento ser pedido para alguns alunos caso estiverem duvidando da coloração do cabelo. Na média, dezenas de alunos têm que preencher o documento em cada escola. Outras escolas também começarão a implementar o sistema.
Muitas escolas de Tóquio proíbem a coloração ou tratamentos permanentes nos cabelos. Um professor de uma escola de Setagaya explica que “os pais e responsáveis devem provar a coloração dos cabelos de seus filhos”.
“Certificado de cabelo natural” de uma escola em Tóquio. O documento pede a assinatura e a aplicação do selo dos pais e responsáveis
O objetivo da continuidade dessa medida é a tentativa de prezar pela seriedade e disciplina dos alunos, segundo os responsáveis.
O Comitê de Educação de Tóquio, embora tenha afirmado que “o certificado de cabelo natural é uma maneira de não constranger o aluno futuramente e impedir orientações erradas”, disse em relação aos pedidos de fotos: “Embora seja uma decisão do diretor, fotos são informações pessoais. É necessário levar em consideração os direitos humanos”.
Em relação ao “certificado de cabelo natural”, o Comitê de Educação de Saitama afirmou que constatou em algumas escolas, enquanto os comitês de Chiba e Kanagawa responderam que não verificaram nenhum caso.
Fonte: Asahi Shimbun