O número de crianças – japonesas e estrangeiras – que não possuem habilidades para compreender as matérias oferecidas nas salas de aula e para a comunicação do dia a dia, cresceu e tornou-se histórico. É o que mostra a estatística divulgada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão.
Os dados para essa estatística foram coletados em todas as escolas públicas, do shogakko, chugakko e koukou (primário, ginásio e colegial) de todo o país, no ano passado (2.016). São 43.947 crianças e adolescentes que necessitam de atenção especial no idioma japonês. Desse número 34.335 são estrangeiras.
Quase 10 mil são crianças japonesas
Dentre esse universo de quase 55 mil crianças, 9.612 possuem nacionalidade japonesa. Houve um aumento de 22% em relação ao ano anterior (2.015). Observou-se que são crianças cujos pais não falam o idioma japonês em casa, porque um deles é de outro país. Outro motivo é que a vivência em outro país foi longa e usava outro idioma.
¼ que necessita de reforço do idioma japonês é brasileira: quase 9 mil
A soma das crianças brasileiras e chinesas foram a metade dos alunos que necessitam de reforço por não compreenderem o idioma japonês. Desse universo, 25,6% é de estudantes brasileiros, 23,9% de chineses, 17,6% de filipinos e 10,5% de língua espanhola.
Ou seja, são 8.790 crianças e adolescentes brasileiros, em todo o país.
Observando separadamente por províncias, onde há mais estrangeiros, obviamente, há também maior número de crianças e adolescentes que precisam aprender o idioma japonês. Confira o número de estudantes pelas 5 províncias top:
- Aichi: 7.277
- Kanagawa: 3.947
- Tóquio: 2.932
- Shizuoka: 2.673
- Osaka: 2.275
Os números mostram que 77% das crianças e adolescentes estrangeiros já recebem reforço ou classe especial do idioma japonês. Com o aumento do número desses alunos, as escolas estão com dificuldade de alocar professores e tempo para isso. Dois grandes motivos é a falta de professores para essas classes e a dificuldade de coordenar as agendas das classes e horários.
Fonte: divulgação e Asahi Shimbun Imagens: Asahi e Pixabay